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26/11/2020 - Pfizer inicia processo para registrar vacina no Brasil

A farmacêutica Pfizer informou ontem que deu início ao processo de registro da sua vacina contra a covid-19 junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O imunizante, desenvolvido em parceria com a BioNTech, tem eficácia de 95%, segundo dados divulgados na semana passada.

“Esse é um importante passo para que o imunizante esteja disponível no Brasil. A Pfizer disponibilizará todos os dados necessários e estará em total colaboração para que esse processo transcorra da melhor maneira e o mais rapidamente possível”, disse, em nota a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine.

Ainda não está claro, no entanto, quando o Brasil poderá ter acesso à vacina. Uma produção inicial de 50 milhões de doses, prometida para 2020, será repassada inteira aos Estados Unidos. Para 2021, a empresa prevê produzir 1,3 bilhão de doses.

Pela característica da vacina, a logística de distribuição terá de superar o desafio de manter o imunizante em temperaturas extremamente frias.

A Pfizer lembrou na nota que o modelo de registro adotado pela Anvisa, de submissão contínua, é novo e foi implementado para dar mais agilidade na análise das vacinas contra a covid19.

O mesmo procedimento está sendo realizado junto a outras agências de regulação pelo mundo, incluindo a FDA, americana, a EMA, na União Europeia, e a MHRA, britânica.

No Brasil, testes com a vacina da Pfizer envolvem 2.900 voluntários, de um total de 43,6 mil inscritos em todo o mundo. A empresa mantém estudos clínicos nos EUA, Alemanha, Turquia, África do Sul, Brasil e Argentina.

“A Pfizer e a BioNTech planejam apresentar os dados de eficácia e segurança do estudo para revisão por revistas científicas, assim que a análise dos dados for concluída”, detalha a nota da empresa.

Vacina obrigatória. Em manifestação enviada ontem ao STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu a competência dos Estados para tornar obrigatória a vacinação contra a covid. De acordo com ele, cabe à União coordenar a imunização, mas governadores podem agir caso não se sintam contemplados pelas determinações do Ministério da Saúde.

Fonte: O Estado de S.Paulo