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11/12/2014 - Projeto da APM entrega brinquedos na Pediatria da Santa Casa de SP

Em seu sétimo ano, o Projeto Alegrando a Santa Casinha levou mais uma vez alegria e esperança a crianças em tratamento na Pediatria da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Durante a manhã da última terça-feira (9), os pequenos receberam a visita do Papai Noel e seus ajudantes, do palhaço Cebola e sua macaquinha Chiquinha, dos músicos e também dos palhaços Gica Canjica e Nanácio, do duende Pedro e de colaboradores voluntários da Associação Paulista de Medicina.

Foram entregues aos pacientes e seus acompanhantes mais de 150 brinquedos e 140 kits de higiene, estes em parceria com a Colgate. Outros 100 kits foram entregues à equipe médica da Pediatria. Iniciativa do Departamento de Responsabilidade Social da APM, com apoio do grupo Mulheres da Verdade, o Alegrando a Santa Casinha nasceu da vontade de tornar mais humano o ambiente hospitalar. A cada edição, a expectativa para a manhã de descontração aumenta, fortalecendo o projeto.

"Há uma tendência de investir em ambientes humanizados, já que a rotina nos hospitais é sempre muito pesada. Estudos apontam que essa mudança reflete positivamente na recuperação de pacientes. E para os funcionários, é um momento para respirar”, destaca Marco Aurélio Pallazi Safadi, diretor do Departamento de Pediatria e Puericultura da Santa Casa.

"É gratificante poder fazer parte dessa ação. Funciona como uma quebra no clima árido do hospital, pois tem felicidade, tem sorrisos. E para os pacientes, mesmo depois que a visita acaba, a alegria permanece, porque eles ficam comentando, lembrando do que ouviram, curtindo os brinquedos”, revela Edelmira Souza Silva, auxiliar de Enfermagem.

É preciso manter a esperança

Brincar com o presente foi a programação de Wesley para o resto do dia. O menino de 11 anos luta contra a leucemia desde setembro, e passa por sessões de quimioterapia. "Não sei jogar xadrez, mas posso aprender”, disse. "Desde que descobrimos a doença, o contato dele com outras pessoas diminuiu bastante. Hoje foi diferente, e fez bem a ele”, pontuou Anderson da Cruz, pai do garoto.

Já Tais faz tratamento na Santa Casa há anos, desde quando descobriu a talassemia e passou a tomar remédios. "O excesso de medicação prejudicou muito fígado e rins, e hoje ela passa sempre por transfusões de sangue”, falou a avó, dona Maria do Carmo da Silva, que deixou a Paraíba, há 12 anos, para cuidar da neta. "Eu gostei muito do Papai Noel ter dado uma boneca pra mim. Ela é muito bonita”, contou Tais.

Para dona Maria José de Assis, a proximidade do Natal traz lembranças ruins, porque foi nessa época, há um ano, que Maria Clara, hoje com seis anos, começou a apresentar os sintomas do câncer no rim. Depois de retirar e passar por quimio e radioterapia, a doença voltou agora no fígado e no pulmão. "Qualquer criança se encanta com a presença do Papai Noel, de palhaços. Nesta situação, não seria diferente”, diz. E a garotinha complementa: "Vou cuidar com muito carinho da minha boneca”.

Kaike, de três anos, e o pequenino Davi, que vai completar um ano, ganharam carrinhos. As mamães, em forma de gratidão, abraçaram os palhaços e o Papai Noel. "Meu filho nem tem um ano, mas tenho certeza que ele entende que tudo vai ficar bem. Tento não tirar o sorriso do rosto, para que ele sinta que tenho esperança”, disse Maria Augusta da Silva.