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Até o dia 8 de maio, 981 casos suspeitos de sarampo foram notificados, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Deste número, 416 (42,4%) foram confirmados, sendo 324 (77,9%) por critério laboratorial e 92 (22,1%) por critério clínico-epidemiológico. Foram descartados 406 (41,4%) casos e 159 (16,2%) permanecem em investigação.

Diante da curva epidêmica, observa-se oscilação na confirmação de casos entre as semanas epidemiológicas, com maior número nas semanas 2 e 4 e diminuição de casos nas semanas 16 e 17. No período avaliado, três estados permanecem com casos confirmados de sarampo: Amapá, Pará e São Paulo, mantendo a circulação do vírus.

Destaca-se o Amapá com 322 (77,4%) casos confirmados de sarampo, em 12 municípios, e apresentando a maior incidência, com 50,28 casos por 100 mil habitantes. No Pará, 86 casos foram confirmados e 46 suspeitos permanecem em investigação.

A faixa etária com a maior incidência de casos foi a de crianças menores de um ano, apresentando 148 casos confirmados. No geral, na distribuição por sexo, o maior número de casos foi registrado entre pessoas do sexo masculino, com 225 (54,1%).

Em 2021, durante o período analisado, dois óbitos por sarampo foram confirmados no estado do Amapá, ambos em crianças menores de um ano. Uma com 7 meses, não vacinada, e outra com 4 meses, para a qual ainda não era indicada a vacinação - por ser menor de seis meses, nascida de parto prematuro, gemelar, baixo peso e com Síndrome de Down.

Vigilância e vacinação

A vigilância laboratorial para sarampo é defendida como estratégia durante o ano de 2021 e busca acompanhar o surto e apresentar melhor oportunidade de prevenção. A identificação de um resultado de sorologia reagente para sarampo possibilita contatar as unidades da federação (UF) para formar as principais estratégias para bloqueio e controle do agravo.

Apesar da pandemia de Covid-19, o Ministério da Saúde recomenda que as ações de vacinação de rotina sejam mantidas e ressalta que os processos de trabalho das equipes devem ser planejados de forma a vacinar o maior número de pessoas contra o sarampo, conforme orientações do Calendário Nacional de Vacinação.

Em agosto de 2019, o Ministério adotou a estratégia da Dose Zero da vacina tríplice viral para crianças de 6 a 11 meses, com o objetivo de diminuir o risco da ocorrência de casos graves e óbitos por sarampo. Porém, em novembro de 2020, o MS a suspendeu nos locais que interromperam a circulação do vírus, mantendo-a nos estados que continuam com a circulação do vírus do sarampo.