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05/03/2020 - Rubens Belfort Jr. assume a Presidência da Academia Nacional de Medicina

O paulista Rubens Belfort Mattos Jr. assumiu, na última terça-feira (3), a Presidência da Academia Nacional de Medicina (ANM) para o biênio 2020/2021, sendo o primeiro médico de fora do estado do Rio de Janeiro a ocupar o cargo. José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina e da Academia de Medicina de São Paulo, além de ocupante da cadeira nº 48 da ANM, prestigiou a solenidade.

Durante a solenidade, Belfort recebeu o medalhão e o diploma das mãos do último presidente, Jorge Alberto Costa e Silva (cadeira nº 43). O novo mandatário ocupa a cadeira nº 64, que tem como patrono Henrique Guedes de Mello, e tomou posse como membro titular da Academia Nacional em maio de 1999.

Em seu discurso, ele apontou o desafio e a responsabilidade que sente ao tomar posse e engrandecer o grande templo da Medicina que é a ANM. E relembrou o papel da Academia em assessorar o País, há quase dois séculos, nas grandes epidemias, testemunhar os avanços na área da saúde pública e continuar lutando pelos ideais da Medicina em benefício de todos.

O presidente da ANM é Professor Titular do Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), mestre em Microbiologia, Imunologia e Parasitologia e doutor em Microbiologia e Imunologia pela mesma instituição. Também é doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e recebeu o título de comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República.

Segundo Amaral, este momento marcou um ponto muito positivo de inflexão na Medicina brasileira. Ele reiterou as palavras de Costa e Silva, inclusive, que desejou ao novo presidente que carregasse dois instrumentos consigo nessa jornada: uma âncora – para se manter preso às tradições e à história da Medicina – e uma bússola – que o permita explorar tantas possibilidades que terá à sua frente.

“Para isso, ele terá mais de uma centena de acadêmicos – entre titulares, eméritos, honorários e correspondentes -, braços, corações e cérebros à disposição para discutir tantos problemas que afligem a Saúde brasileira. Tudo isso dentro de uma estrutura de alta governabilidade, que é a Academia Nacional de Medicina, testada e consagrada por quase dois séculos de existência”, disse o presidente da APM.

Amaral ainda completou: “Belfort é uma pessoa tão inquieta e dinâmica que fica quase impossível prevermos o que ocorrerá com a ANM nos próximos dias. A única certeza que teremos é que a instituição será sempre diferente. E a cada dia ela será, muito provavelmente, melhor do que o dia precedente. Estamos todos muito otimistas com relação à instituição e o papel que ela desempenha em nossa Medicina. Certamente temos um bom piloto para escolher o melhor caminho”.

Sobre a ANM
A história da Academia Nacional de Medicina confunde-se com a história do Brasil e é parte integrante e atuante na evolução da prática da Medicina no País. Fundada sob o reinado do imperador D. Pedro I, em 30 de junho de 1829, mudou de nome duas vezes, mas manteve seu objetivo inalterado: o de contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da Medicina, cirurgia, saúde pública e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do governo brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica.

Desde a sua fundação, seus membros se reúnem semanalmente para discutir assuntos da atualidade, em sessões abertas ao público. Esta reunião faz da Academia Nacional de Medicina a mais antiga e única entidade científica dedicada à saúde a reunir-se regular e ininterruptamente por tanto tempo. A Academia também promove congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização e, anualmente, durante a sessão de aniversário, distribui prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros. Neste ano, serão nove prêmios em diversas categorias e as inscrições continuam abertas.

Fotos: Celina Germer

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