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18/12/2020 - São Paulo apresenta maior frequência de óbitos por tuberculose entre 2018 e 2020
No período de janeiro de 2018 a junho de 2020, foram notificados 62 casos de Tuberculose (TB) encerrados por “óbito”, registrados no Sistema de Informação para notificação das pessoas em tratamento de ILTB (IL-TB) em 16 unidades federativas do Brasil.
Segundo boletim do Ministério da Saúde, deste número, 41 eram do sexo masculino (66,1%) e 21 do sexo feminino (33,9), com média de idade de 53,2 anos. Dos 62 óbitos, apenas três (4,8%) tiveram retorno com conclusão final elucidada.
Dentre as causas de óbito identificadas, destacam-se aquelas relacionadas à doença hepática tóxica (1 caso), doença hepática com hepatite aguda (1 caso), tuberculose (3 casos) e doença hepática crônica (4 casos).
Concentram o maior número de óbitos registrados pela doença os estados de São Paulo (27), Paraná (7), Espírito Santo (4), Bahia (4), Roraima (3) e Pernambuco (3).
Em todos os casos, o medicamento dispensado foi a isoniazida, antibiótico usado como primeira escolha no tratamento da doença, mais eficaz e mais barato que seus similares, com tempo médio de tratamento de 103,8 dias.
Apesar de ser a forma preferencial para o tratamento, sabe-se que é um medicamento potencialmente hepatotóxico, devendo ser dada prioridade a outros esquemas de prevenção, quando disponíveis, principalmente em adultos acima de 50 anos, hepatopatas e crianças menores de 10 anos.
Por meio dos resultados desse estudo, o Ministério da Saúde irá implementar uma nova ferramenta no IL-TB, que possibilite a qualificação das informações dos óbitos registrados no sistema.
E com a vigilância dos casos, espera-se entender os riscos potenciais do uso preventivo da isoniazida e a adoção de recomendações que visem a diminuição das chances de desfechos desfavoráveis ao tratamento, além de sugerir estratégias de melhoria do serviço prestado pela rede de serviços de saúde.
Causas, prevenção e tratamento
A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. É transmitida pelo ar por meio de gotículas provenientes de tosse ou espirro de uma pessoa infectada. A transmissão tende a diminuir gradativamente, em geral após 15 dias de tratamento, chegando a níveis insignificantes.
Seus principais sintomas são: tosse com ou sem secreção, cansaço excessivo, falta de ar, febre, falta de apetite e perda de peso. Entre os casos mais graves, o paciente pode apresentar expectoração de grande quantidade de sangue, dor no peito e colapso no pulmão.
O tratamento é feito com uso de antibióticos e dura, no mínimo, seis meses. É imprescindível que o paciente siga rigorosamente as indicações médicas, para que o tratamento surta efeito positivo.
Também são usados medicamentos inalatórios e ajuste de alimentação, fatores que contribuem para a melhora da qualidade de vida no período. Por conta do risco de transmissão, também deve haver pesquisa de infecção nos familiares e pessoas que convivem com o paciente.