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12/08/2021 - São Paulo vacinará jovens de 18 a 21 anos até de madrugada

A Prefeitura de São Paulo vai promover neste fim de semana a virada da vacinação contra a Covid-19 para jovens de 18 a 21 anos. Serão 34 horas ininterruptas de funcionamento de pontos de vacinação para imunização desse público-alvo.

A maratona da vacina começa às 7h de sábado (14) com a vacinação das pessoas com 20 e 21 anos nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), AMAs, drive-thrus e megapostos. Às 19h, a imunização passa a ser feita somente em drive-thrus, e apenas um megaposto funcionará ininterruptamente, mas jovens de 18, 19, 20 e 21 anos poderão receber a aplicação.

Às 7h de domingo, as UBSs e AMAs reabrem e, juntamente com os drive-thrus e o megaposto, continuarão vacinando jovens entre 18 e 21 anos até as 17h. Às 8h do domingo reabrem o restante dos drive-thrus e megapostos que fecharam durante a madrugada.

Em razão da virada, não haverá aplicação de segundas doses neste fim de semana.
Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a expectativa é vacinar 600 mil jovens no sábado e no domingo e, com isso, concluir a vacinação de adultos com a primeira dose na capital. O anúncio foi feito nesta quarta (11), na inauguração do mega drive-thru do TCM (Tribunal de Contas do Município), na Vila Clementino (zona sul de SP).

Nunes afirmou também que a capital recebeu nesta terça (10) um grande lote de vacina, com 410 mil doses da Pfizer, 67 mil de AstraZeneca e 60 mil de Coronavac.
Nesta semana, a cidade de São Paulo começou a vacinar contra a Covid-19 pessoas de 24 anos até 21 anos de idade. Na quinta-feira (12) será a vez do grupo de 23 anos. Na sexta-feira (13) serão vacinados quem tem 22 anos e, no sábado (14), as pessoas de 21 anos.

Em nota divulgada nesta terça (10), a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informou que 90% da população recebeu ao menos uma dose, e 37%, as duas. Até o momento, 11.405.301 doses da vacina contra Covid já foram aplicadas, sendo 7.989.427 primeiras doses, 3.098.899 segundas doses e 316.975 doses únicas.

Na última semana, o governo Doria acusou a pasta do ministro Marcelo Queiroga de ter enviado apenas metade das 556 mil doses combinadas.

A repartição das doses entre os estados segue o critério da proporcionalidade de população. Como São Paulo tem 23% dos brasileiros entre os 26 estados e o Distrito Federal, as remessas de vacina, até então, respeitavam essa regra.

O problema só aprofundou o acirramento político entre Doria, cotado para disputar as eleições presidenciais em 2022, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Aos jornalistas, Doria colocou em xeque nesta quarta o compromisso verbal feito por Queiroga sobre o envio das doses faltantes ao estado. “Eu aprendi com o meu pai que é feio mentir, que é feio prometer e não cumprir”, disse Doria. “Ou o ministro não tem palavra ou a sua palavra não vale no Ministério da Saúde”.
Apesar de ainda não ter em mãos as doses, o plano paulista de imunização teve o calendário de vacinação de jovens e adolescentes mantido.

A Pfizer é o único imunizante que tem, no momento, autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser aplicado em adolescentes de 12 a 17 anos —a agência analisa pedidos de Coronavac e Janssen para uso nesse público.

Estamos otimizando todas as grades e cumpriremos o calendário de vacinação para os adolescentes”, disse Regiane de Paula, coordenadora do Plano Estadual de Imunização. “Mas o Ministério da Saúde deve ao estado 228 mil doses da vacina da Pfizer. Cada vacina importa.” A partir de quarta-feira (18), serão vacinados os adolescentes entre 16 e 17 anos com alguma comorbidade e/ou deficiência, além de gestantes e puérperas. No dia 30, é a vez de quem tem entre 15 e 17 anos; e a partir de 6 de setembro, a da população entre 12 e 14 anos.

Ainda segundo Doria, todos os esforços realizados para não judicializar a questão não obtiveram sucesso. “Conversamos duas vezes com ele [Queiroga] ao telefone para evitar a judicialização e encaminhar as doses que cabem a São Paulo com juízo e respeito, mas isso não foi cumprido”.
Desde a semana passada, o Ministério Público Federal de São Paulo apura o que pode ter ocasionado o problema.

Após as primeiras críticas de Doria, Queiroga disse no último domingo (8) que houve divergência de cálculo de doses entre a Secretaria de Saúde de São Paulo e o ministério e que a situação seria resolvida.

O ministério afirmou, em nota, que entregou 241.020 doses da Pfizer na terça (10) ao estado de São Paulo. “As 50 mil doses extras estão contempladas nesta distribuição.” A pasta deve enviar lotes extras nos próximos dias para completar as 228 mil doses. O ministério não comentou as declarações do governador sobre Queiroga.

Doria divulgou também que o estado de São Paulo atingiu, na terça (10), o maior número de aplicações de doses de vacina contra a Covid em um único dia, 640.500, superando as 619 mil do dia 21 de julho.

Fonte: Folha de S.Paulo