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A mais recente edição do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que monitora casos de sarampo ao redor do Brasil, indica que até 40ª Semana Epidemiológica de 2020 foram notificados 16.104 casos suspeitos da infecção, sendo que destes, 8.187 (50,8%) foram confirmados.

Neste cenário, 5.386 (65,8%) dos casos foram confirmados por critério laboratorial, enquanto a confirmação de outros 2.801 (34,2%) foi por critério clínico epidemiológico. No total, 7.502 (46,6%) casos foram descartados e outros 415 (2,6%) permanecem em investigação.

A observação da pasta aponta que 21 unidades federativas do Brasil manifestaram casos de sarampo, sendo que permanecem com a circulação ativa do vírus os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amapá e Pará  –  este, com concentração de 5.287 (64,6%) casos de sarampo e a maior incidência em todo o País, com uma taxa de 93,47 casos por 100 habitantes.

Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal representam estados cujo último caso foi confirmado há 12 semanas – 90 dias – ou mais. No entanto, o Ministério da Saúde ainda está avaliando algumas regiões, indicando que pode haver alteração nos dados.

Nos locais analisados com ocorrência de casos, o coeficiente de incidência foi de 10,61 a cada 100 mil habitantes. Porém, em casos de crianças menores de um ano infectadas, a taxa foi quase 10 vezes maior que os registros da população geral. Apesar disso, a faixa etária dos 20 a 29 anos tem a maior concentração de casos confirmados, valor equivalente a 2.555 infecções, com taxa de incidência de 18,09/100 mil habitantes.

Até o momento, corresponde a sete o número de óbitos por sarampo no Brasil em 2020. Um em São Paulo, um no Rio de Janeiro e cinco no Pará. O Ministério da Saúde reforça que a única forma de prevenção efetiva contra a doença é através da vacinação. Por isso, no intuito de diminuir o número de casos e óbitos, foi adotada a estratégia Dose Zero da vacina tríplice viral, voltada para crianças de 6 a 11 meses, faixa etária ideal para tomar as primeiras doses da vacina contra o sarampo.