SAÚDE E SOCIEDADE

03/01/2022 - Saúde na imprensa 03/01/2022

Após Queiroga falar sobre vacina em crianças, Pfizer diz que ainda discute cronograma

O laboratório americano Pfizer afirmou que está ainda em conversas com o governo brasileiro sobre o cronograma de entregas ao país das vacinas contra covid-19 destinadas a crianças. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (3) que as primeiras doses de vacinas para essa faixa etária começam a chegar ao Brasil na próxima semana.

O ministro não mencionou o nome do laboratório responsável pelas entregas. Mas, em meados de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina da Pfizer contra covid para crianças de 5 a 11 anos.

Após a declaração do ministro, o Valor Econômico perguntou à assessoria de imprensa da Pfizer no Brasil quantas doses da vacina estão previstas para serem enviadas ao Brasil neste mês e se a previsão é mesmo que o primeiro lote chegue na próxima semana.

Assessoria da empresa afirmou que, por enquanto, o posicionamento é o mesmo que foi divulgado em dezembro. O Ministério da Saúde firmou no ano passado dois contratos com o laboratório americano para fornecimento de 200 milhões de doses de vacinas anti-covid para adultos. E assinou um terceiro contrato para mais 100 milhões de doses a serem entregues este ano, para ajudar na campanha de reforço da imunização.

Governo recebe 100 mil contribuições sobre vacinar crianças; decisão sai dia 5 

Até a noite de domingo (2), o Ministério da Saúde havia recebido cerca de 100 mil manifestações na consulta pública aberta sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. No entanto, o número que será apresentado pela pasta deve ser menor porque estão sendo excluídas as manifestações duplicadas, ou seja, de quem se manifestou mais de uma vez. Segundo a Folha de S.Paulo a estimativa é que fique em torno de 70 mil contribuições. As manifestações tinham prazo para serem enviadas até 2 de janeiro, ’para que sejam apresentadas contribuições, devidamente fundamentadas’, segundo o ministério. A pasta foi procurada oficialmente, mas não se manifestou até a conclusão desta reportagem. O governo chegou a informar nas últimas semanas que as contribuições serão utilizadas para obter subsídios e informações da sociedade para o processo de tomada de decisões. Qualquer pessoa poderia se manifestar. Em nota recente, a pasta afirmou ser favorável à vacinação desse público. Porém, ressaltou que a decisão depende do desfecho da consulta pública que está em andamento. ’No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro’, diz o comunicado. Caso a recomendação seja mantida, a vacinação de crianças de 5 a 11 anos deve começar em janeiro. A intenção da pasta é recomendar que crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas contra a Covid-19, desde que mediante a apresentação de prescrição médica e consentimento dos pais.                       

Estudos indicam razão para severidade reduzida da Ômicron: ela poupa os pulmões 

 Uma série de novos estudos com animais de laboratório e tecidos humanos está apontando o primeiro indício da razão pela qual a variante Ômicron causa quadros menos graves do que versões anteriores do coronavírus. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo em estudos com camundongos e hamsters, a variante Ômicron produziu infecções menos nocivas, frequentemente limitadas apenas às vias aéreas superiores: nariz, garganta e traquéia. A variante afetou muito menos os pulmões, onde variantes anteriores costumavam causar dano aos tecidos e sérias dificuldades de respiração. “Podemos dizer que está emergindo a ideia de uma doença que se manifesta principalmente no sistema respiratório superior’, disse Roland Eils, biólogo computacional do Instituto de Saúde de Berlim, que estudou como os coronavírus infectam as vias aéreas. Em novembro, quando os primeiros relatos da existência da variante Ômicron chegaram da África do Sul, os cientistas tinham apenas palpites quanto às suas diferenças de comportamento em relação a formas anteriores do vírus. Tudo que se sabia era que a Ômicron apresentava uma combinação distinta e alarmante de mais de 50 mutações genéticas.

Pandemia reduz o investimento no combate às doenças tropicais negligenciadas

 A campanha vinha sendo planejada há muito tempo. O lançamento, previsto para 30 de janeiro de 2020, seria pomposo. Exatamente oito anos antes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia coordenado a Declaração de Londres sobre Doenças Tropicais Negligenciadas e, então, preparava-se para o primeiro dia mundial dedicado a esse grupo de enfermidades. Mas, então, um inimigo invisível chegou para amedrontar a humanidade e suspender qualquer plano que não fosse o de sobreviver. Com a pandemia de Sars-CoV-2, pesquisas sobre outras doenças que não a covid-19 ficaram prejudicadas, informou o Correio Braziliense. Não foi diferente em relação a um grupo de 20 enfermidades que, fortemente associadas a países e regiões com baixo nível de desenvolvimento socioeconômico, tradicionalmente já atraem pouca atenção. Enquanto, em um esforço sem precedentes, o mundo corria atrás de vacinas e terapias para o ’novo’ coronavírus, diagnósticos, tratamentos e campanhas de controle de vetores foram interrompidos. Uma pausa que, segundo estudos, terá impactos ainda difíceis de calcular e colocará em risco a ambiciosa meta da Organização das Nações Unidas (ONU) de acabar com epidemias de doenças tropicais negligenciadas (DTNs) até 2030. Para acessar a matéria completa, clique aqui.