SAÚDE E SOCIEDADE
03/02/2022 - Saúde na imprensa 03/02/2022
87% dos médicos relatam ter contraído covid ou conhecem colega que teve nos últimos dois meses
Quase nove em cada dez médicos brasileiros (87,3%) afirmam ter se infectado pelo coronavírus ou conhecem algum colega que contraiu o vírus nos últimos dois meses, aponta uma nova pesquisa inédita divulgada nesta quinta-feira, 3, pela Associação Médica Brasileira. A maioria deles também relata estar esgotada, apreensiva, estressada e sobrecarregada, informou o Estado de S. Paulo. Realizada em parceria com a Associação Paulista de Medicina, a pesquisa ouviu 3.517 profissionais de Medicina em todo o Brasil, entre 21 e 31 de janeiro. O período de infecção relatado pelos médicos coincide com o aumento de transmissibilidade da variante Ômicron pelo País e o surto de influenza. Como mostrou o Estadão, a alta nos casos de síndrome gripal provocou um afastamento em massa de profissionais da saúde e sobrecarregou as equipes na linha de frente do combate à pandemia.
REGRAS
Pacheco tira da pauta MP que define regras para plano de saúde incorporar tratamentos
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), retirou da pauta de votações da primeira sessão deliberativa do Senado a Medida Provisória (MP) 1067, que define regras para a incorporação obrigatória de novos tratamentos pelos planos e seguros de saúde, informou o Valor Econômico. Pacheco atendeu a apelo do senador Reguffe (Podemos-DF), que lembrou o compromisso de que, antes da MP, o Congresso Nacional avaliaria a derrubada do veto, feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a um projeto com tema semelhante e de sua autoria, que facilita o acesso a remédios orais contra o câncer. Com a decisão, há risco de que a MP 1067 perca os efeitos, pois precisa ser votada e aprovada pelos parlamentares até quinta-feira da semana que vem (10).
DOENÇAS RARAS
Único tratamento para doença ultrarrara CLN2 aguarda incorporação pelo SUS
Parcela pequena das doenças raras ou ultrarraras já identificadas possuem medicamentos específicos para o tratamento. Em alguns casos, eles são registrados, mas não estão disponíveis a todos os pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS). A CASA JOTA discutiu, em webinar patrocinado pela BioMarin nesta quinta-feira (3/2), um desses casos. Hoje, não há tratamento específico para a ultrarrara lipofuscinose ceroide neuronal tipo 2 (CLN2) no SUS. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou o registro de um medicamento, o alfacerliponase, da farmacêutica BioMarin, único existente para a doença. Porém, isso não garante a adoção imediata pelo sistema de saúde. Em outubro do ano passado, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou que o tratamento não fosse incorporado, e o tema passou por consulta pública no mês seguinte. Agora, o órgão precisará tomar uma nova decisão sobre recomendar ou não a tecnologia. A partir do parecer, a adoção caberá à Secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
DEDUÇÃO
Vai à sanção projeto que incentiva doação para pesquisas sobre covid-19
Será enviado para sanção o projeto que cria incentivo tributário, na forma de dedução do imposto de renda, para empresas que fizerem doações a institutos que desenvolvam pesquisas sobre o enfrentamento da pandemia de Covid-19, informou a Agência Senado. O PL 1.208/2021, do deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), foi aprovado pela Câmara na quarta-feira (2) com quatro emendas do Senado. De acordo com o projeto, o Programa Prioritário Pró-Pesquisa Covid-19 durará enquanto houver necessidade de pesquisas para diminuir os impactos da doença no Brasil. O programa tem como objetivo incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação direcionados a soluções e tecnologias para prevenir, controlar, tratar e lidar com as consequências da Covid-19. As pesquisas deverão ser conduzidas pelos Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) credenciados junto ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. O projeto, que teve origem na Câmara, foi aprovado pelo Senado, em agosto de 2021, com quatro alterações. O texto final aprovado pela Câmara é um substitutivo da relatora, deputada Soraya Santos (PL-RJ), que inclui as emendas do Senado. Para acessar a matéria completa, clique aqui.