Saúde e sociedade

04/01/2022 - Saúde na imprensa 04/01/2022

Estados estão prontos para vacinar crianças, mas se preocupam com adesão dos pais           

Os governos estaduais antecipam tarefas administrativas relativas à vacinação de crianças de 5 a 11 anos para ganhar tempo e buscam formas de agilizar a distribuição à espera das doses para iniciar a imunização. Por outro lado, alguns secretários de Saúde mostram preocupação em relação à adesão dos pais à vacinação. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (3), que as vacinas pediátricas contra a covid-19 chegarão na segunda quinzena de janeiro. A aplicação da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos está autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 16 de dezembro. De acordo com jornal O Estado de S.Paulo o tema enfrenta oposição do presidente Jair Bolsonaro e de sua base ideológica. Bolsonaro entrou em conflito com técnicos da Anvisa, após dizer que divulgaria os nomes dos servidores que autorizaram a aplicação do imunizante em crianças. Na opinião do presidente, as mortes de crianças por covid-19 não justificam a adoção de uma vacina contra a doença. Ela também informou que não vai imunizar sua filha Laura, de 11 anos. Em meio à indefinição do cronograma da vacinação das crianças, o Ministério da Saúde criou uma consulta pública para manifestação da sociedade civil sobre o tema. O instrumento, criticado por especialistas, foi fechado neste domingo (2). Nesta quinta-feira (5), o órgão vai formalizar a decisão. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
                 

           

CONSULTA PÚBLICA 

Maioria é contra prescrição médica para vacinar criança

 A consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde apontou que a maioria das pessoas foi contrária à prescrição médica no ato da vacina. Cerca de 100 mil pessoas se manifestaram até o dia 2 de janeiro. A informação foi dada por Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, em audiência pública nesta terça-feira (4), informou a Folha de S.Paulo. ’Tivemos 99.309 pessoas que participaram neste curto intervalo de tempo em que o documento esteve para consulta pública, sendo que a maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidade. A maioria foi contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de vacinação’, disse Rosana. A intenção da pasta é recomendar que crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas contra a Covid-19, desde que mediante a apresentação de prescrição médica e consentimento dos pais. O documento final será divulgado nesta quarta-feira (5). O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (3) que os pais terão vacina caso queiram vacinar os filhos. Reforçou ainda que haverá dose suficiente para isso. Em nota recente, a pasta afirmou ser favorável à vacinação desse público. Porém, havia ressaltado que a decisão dependia do desfecho da consulta pública que terminou neste domingo (2). Para acessar a matéria completa, clique aqui.                       

DOENÇAS TROPICAIS  

Aquecimento global favorece disseminação de doenças transmitidas por insetos

 Nos planos da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2030, mais de 1 bilhão de pessoas estarão curadas de doenças tropicais negligenciadas, como malária e Chagas. Além disso, enfermidades como tracoma e bouba, que ainda atingem milhares de crianças e adultos, serão eliminadas. Segundo o Correio Braziliense essas são algumas das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um plano de ação global das Nações Unidas para redução da pobreza e desigualdade. Porém, o relatório de monitoramento de 2021 da OMS aponta que muitas das metas previstas para o ano anterior não foram cumpridas. Além do desafio de recuperar o tempo perdido — em parte, devido à pandemia de covid-19 —, os planejadores de políticas públicas precisam levar em conta um complicador. Em vez de diminuir, projeções indicam que enfermidades transmitidas por vetores — caso de boa parte das tropicais negligenciadas — vão aumentar devido às mudanças climáticas. A emissão antropogênica de gases de efeito estufa fizeram com que a temperatura média global aumentasse 1°C acima dos níveis pré-industriais. Para acessar a matéria completa, clique aqui.

SANCIONADA

Lei obriga sigilo de condição a quem tem HIV e hepatite

 O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.289/22 que obriga a preservação do sigilo sobre a condição de pessoa infectada pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV), de hepatites crônicas (HBV e HCV) e de pessoa com hanseníase e tuberculose, no âmbito dos serviços de saúde; dos estabelecimentos de ensino; dos locais de trabalho; da administração pública; da segurança pública; dos processos judiciais e das mídias escrita e audiovisual. O texto, publicado na edição de hoje (4) do Diário Oficial da União, proíbe a divulgação, seja por agentes públicos ou privados, de informações que permitam a identificação dessas pessoas, destacou a Agência Brasil. Já o sigilo profissional somente poderá ser quebrado nos casos determinados por lei, por justa causa ou por autorização expressa da pessoa com o vírus. Se a pessoa for menor de idade, dependerá de autorização do responsável legal. Os serviços de saúde, públicos ou privados, e as operadoras de planos privados de assistência à saúde estão obrigados a proteger as informações relativas a essas pessoas, bem como garantir o sigilo das informações que eventualmente permitam a identificação dessa condição. A obrigatoriedade de preservação do sigilo recai sobre todos os profissionais de saúde e os trabalhadores da área de saúde. Para acessar a matéria completa, clique aqui.