SAÚDE E SOCIEDADE

04/08/2021 - Saúde na Imprensa 04/08/2021

Governo brasileiro pretende concentrar vacinação nas quatro marcas já em uso no país

A decisão recente do Ministério da Saúde de não comprar a Covaxin e a Sputnik V revela uma estratégia de concentrar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) nas quatro vacinas atualmente em uso no país: Coronavac (Butantan), AstraZeneca (Fiocruz), Pfizer e Janssen, informou o Valor Econômico nesta terça-feira (3). Com o avanço da vacinação -- que nos últimos dias superou a marca de 100 milhões de pessoas com a primeira dose --, o governo trabalha no planejamento para 2022 sem considerar uma chegada significativa de novas vacinas. A única mudança deve ser a substituição da Coronavac pela Butanvac, vacina 100% nacional desenvolvida pelo Instituto Butantan. O ministério considera a aplicação desse imunizante já no início do ano que vem, diante da provável necessidade de doses de reforço. Com o início da produção local do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), a Fiocruz também deve estabilizar a oferta de sua vacina para o PNI. Além dos dois imunizantes nacionais, o governo negocia um novo contrato com a Pfizer, que já fechou a venda de 200 milhões de doses para o Brasil. O mesmo vale para a vacina da Janssen, de dose única. Uma exceção pode ser o "booster" produzido pela farmacêutica americana Moderna. A vacina foi desenvolvida especialmente para o reforço da imunização contra a covid-19 e o ministério já iniciou tratativas para avaliar a aquisição. As chinesas Sinopharm e CanSino, contudo, ainda esperam fazer negócio com o Brasil.