SAÚDE E SOCIEDADE
06/09/2021 - Saúde na imprensa 06/09/2021
Estados reclamam de atraso na entrega de remédios de alto custo pelo Ministério da Saúde
Secretarias de saúde de diferentes estados apontam atrasos na entrega de medicamentos de alto custo pelo Ministério da Saúde. A situação tem trazido alerta sobre estoques em volume baixo e já leva também a casos de falta de parte desses produtos.
O problema atinge remédios cuja compra é centralizada pelo ministério e que fazem parte do chamado "componente especializado de assistência farmacêutica", que envolve tratamentos de doenças como Parkinson, doença renal crônica, Alzheimer, problemas imunológicos, entre outros. Também atinge alguns medicamentos de câncer.
A entrega, porém, tem ocorrido de forma irregular, problema que se agravou no terceiro trimestre deste ano, segundo o Conass, conselho que representa secretarias estaduais de saúde. Atualmente, o modelo de repasses prevê envios antes de cada trimestre. Segundo o conselho, ao menos nove remédios tiveram entregas recentes fracionadas em mais de metade dos estados. Outros 12 não tinham sido enviados no prazo em nenhuma quantidade.
Os dados completos ainda serão consolidados. Entre os itens mais impactados, segundo análise preliminar do Conass, estão medicamentos como o pramipexol (para Parkinson), sevelâmer (para doença renal crônica), insulina análoga de ação rápida (diabetes), clozapina (esquizofrenia e outros) e sildenafila (esclerose sistêmica). Questionados pela Folha de S.Paulo, ao menos dez estados confirmaram ter itens em falta ou com baixos estoques.