SAÚDE E SOCIEDADE
11/02/2022 - Saúde na imprensa 11/02/2022
Marcelo Queiroga estaria avaliando mudanças nas secretarias do Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estaria avaliando trocar cargos entre os seus auxiliares. Conforme reportagem da Folha de S.Paulo, as alterações resultariam na saída de Hélio Angotti do comando da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos. Consequentemente, Angotti deixaria o centro do debate sobre o tratamento da Covid-19 na rede pública. Em janeiro, o secretário rejeitou diretrizes sobre a Covid que contraindicavam o uso de medicamentos sem eficácia contra a doença. A publicação destaca que o médico pode ocupar a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, pasta hoje comandada pela médica Mayra Pinheiro. ’Ela deve deixar o cargo na Saúde nos próximos dias e ocupar uma função no Ministério do Trabalho, onde é médica perita concursada’, diz a reportagem. Angotti ainda irá avaliar recurso que questiona o veto às orientações. Se a decisão for mantida, o ministro Queiroga será acionado para se manifestar sobre o tema. A tendência é que o ministro suspenda a decisão de Angotti e tente postergar uma manifestação final sobre as diretrizes, dizem auxiliares de Queiroga. Isso porque ele não terá prazo para a resposta. Queiroga teria dito a colegas, segundo a publicação, que o médico Sérgio Okane, atual chefe da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, deve passar a ocupar a secretaria de Angotti. ’Trata-se de nome de confiança do ministro. Já o órgão de Okane ficaria sob comando de um técnico de dentro da própria secretaria’, ressalta a reportagem da Folha. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
VACINAÇÃO
Saúde rejeita 4ª dose para toda a população após análise de dados
O Ministério da Saúde não vai recomendar a quarta dose da vacina contra a Covid para a população em geral. Segundo informou a Folha de S. Paulo, a decisão foi tomada nesta sexta-feira (11) em reunião da Ctai (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19). Segundo pessoas que acompanharam as discussões, a definição se deu após a análise de novos dados sobre o cenário epidemiológico no Brasil. O entendimento é que ainda não há dados científicos que comprovem a necessidade de uma quarta dose. A nota informativa ainda será publicada. Novas discussões devem ocorrer na próxima semana. Na nota divulgada na semana passada, a Saúde afirmou que ainda era preciso compreender a situação do país para decidir sobre ampliar o uso da quarta dose. ’Antes de avançarmos rumo a novas indicações no calendário do PNO [Plano Nacional de Operacionalizações], se faz necessário compreender o cenário epidemiológico com maior detalhamento quanto às hospitalizações, óbitos e infecções pela Covid-19 entre determinados grupos etários e sua relação com o status de vacinação (vacinados x não vacinados)’, diz a nota técnica. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
ESTABILIDADE
A partir do segundo semestre, países com vacinação mais avançada, entre eles o Brasil, deverão não mais estar sob uma pandemia, mas sob uma endemia provocada pelo coronavírus. É esse o cenário que está sendo considerado pelo diretor do Instituto Butantan, de São Paulo, o médico Dimas Covas, informou o Valor Econômico. Isso significa que a doença deixará de ser tratada como uma crise sanitária uma situação de emergência para se tornar algo mais controlado e estável, o que não necessariamente significa que a doença estará vencida. Se isso de fato acontecer, a covid apenas será vista como uma doença constantemente presente no meio ambiente, sem aumentos significativos dos casos. Porém, mesmo que a endemia esteja em um estágio abaixo da pandemia na classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), Covas pontua que nem todas as medidas de prevenção podem ser excluídas de repente. Além disso, destaca que esse cenário pode ser comprometido caso novas variantes perigosas continuem surgindo, o que não é impossível, já que as populações de países mais pobres ainda estão com taxas de vacinação muito baixas. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
SANÇÃO
O Senado aprovou, em votação simbólica, o projeto de lei que institui a Política Nacional de Atenção à Oncologia Pediátrica, informou a Agência Senado. O PL 3.921/2020 busca aumento dos índices de sobrevida e redução da mortalidade e do abandono ao tratamento, para melhorar a qualidade de vida das crianças e adolescentes com câncer, na faixa etária de 0 a 19 anos. O relator no Senado foi o senador Lasier Martins (Podemos-RS). O projeto segue para sanção presidencial. O PL prevê ações de prevenção, detecção precoce, tratamento, assistência social e cuidados paliativos. Além disso, ressalta nas diretrizes da política nacional o respeito à dignidade humana, e o tratamento universal e integral às crianças e aos adolescentes, priorizando o diagnóstico precoce. Lasier afirma em seu parecer que o projeto tem ’o elevado propósito de buscar a melhoria da assistência oncológica pediátrica oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele avalia que a proposta pode imprimir maior efetividade, qualidade, universalidade, integralidade e resolutividade às ações e aos serviços oferecidos pelo SUS na seara da oncologia pediátrica. Para acessar a matéria completa, clique aqui.