SAÚDE E SOCIEDADE
14/07/2021 - Saúde na imprensa 14/07/2021
Presidente é levado para São Paulo para tratar quadro de obstrução intestinal
O presidente Jair Bolsonaro enfrenta um quadro de obstrução intestinal e foi transferido nesta quarta-feira (14) para São Paulo. Segundo o G1, Bolsonaro foi internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, após sentir dores abdominais na madrugada. Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o presidente chegou a ser sedado pela manhã. Por volta das 16h30, Bolsonaro deixou o hospital e foi levado de ambulância para a Base Aérea de Brasília, onde um avião o aguardava. O presidente chegou ao local por volta das 17h. O avião decolou para São Paulo às 17h29. Segundo o senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente, Bolsonaro ficará em observação por três dias em São Paulo. Em abril deste ano, Bolsonaro já havia dito que poderia passar por uma nova cirurgia em razão da facada. De acordo com a nota oficial, a constatação da obstrução intestinal foi feita pelo cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo, que acompanha a saúde de Jair Bolsonaro desde o atentado a faca sofrido pelo então candidato nas eleições de 2018. O médico foi chamado a Brasília em razão da internação do presidente e também deve ficar responsável pela avaliação do quadro após a transferência para São Paulo. No fim da manhã, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, havia informado que Jair Bolsonaro estava "bem" e ficaria "apenas em observação".
Ministro da Saúde critica secretários e defende que decisão sobre segunda dose e vacinação de adolescentes seja do PNI
Após reunião com governadores nesta terça-feira (14), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu que as decisões sobre antecipações de segunda dose e imunização de adolescentes sejam tomadas no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI). De acordo com o jornal O Globo Queiroga criticou secretários que, na avaliação dele, rompem com o que é colocado pelo programa. Os dois pontos não foram estabelecidos pelo PNI, mas em diversas localidades do país há decisões nesse sentido. Os governadores se comprometeram em entregar ao PNI, até quinta-feira, uma proposta formal sobre a antecipação da segunda dose. A medida será avaliada e, segundo o ministro, o PNI poderá mudar a orientação atual caso julgue necessário. Nesse momento, o Ministério da Saúde estabelece um prazo de 12 semanas entre as doses da vacina da AstraZeneca, mas alguns estados já têm reduzido esse tempo para completar a imunização de um número maior de pessoas e aumentar a proteção contra a variante Delta. No caso da vacinação de adolescentes, o estado de São Paulo anunciou que deve iniciar a vacinação desse grupo em agosto. Serão imunizadas no estado, jovens a partir de 12 anos. Atualmente, a única vacina aprovada no país que prevê essa imunização é a Pfizer. O ministro se comprometeu com os governadores a fornecer um detalhamento semanal sobre entrega de doses de vacina. Segundo ele, serão entregues 40 milhões de doses em julho e 138 milhões em agosto e setembro. “Alguns secretários tomam deliberações baseadas no entendimento deles e isso de certa maneira rompe o pacto tratado no PNI. A decisão que tomamos hoje é que se mantenha a rigidez do PNI. Se algum secretário entende de maneira diferente, ele apresenta a sua irresignação ao grupo e o grupo vai deliberar de tal maneira que consigamos avançar”, afirmou o ministro, ascrescentando: “É claro que existem peculiaridades, como a forma de oferecer essas doses, se nas salas de imunização, drive thru, se vai ter apoio da inciativa privada. São coisas muito próprias de cada município. Mas as bases técnicas têm que ser tomadas no âmbito técnico com a participação de todos para que tenhamos homegeneidade na conduta de aplicação da vacina”.
Preço de remédio para hospital sobe 14,6% até junho
Os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil subiram 14,69% no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador criado pela Fipe em parceria com a Bionexo - “health tech” que desenvolveu soluções digitais para gestão em saúde, informou o Valor Econômico nesta quarta-feira (14). Segundo a Fipe, o resultado do primeiro semestre de 2021 superou o comportamento do IPCA/IBGE (3,77%) e da taxa média de câmbio (com queda de 2,21%), mas inferior ao IGP-M/FGV (15,08%) no período. Foi a segunda maior alta semestral desde o início da contagem da série histórica em 2015, ficando abaixo do ano passado. Segundo Bruno Oliva, coordenador do levantamento pela Fipe, a alta expressiva na primeira metade do ano pode ser explicada pela valorização do dólar e pelo avanço da segunda onda da pandemia no início do ano. “Em 12 meses, o índice subiu 12,4% e com o melhor desempenho da vacinação podemos ver estabilidade ou até mesmo queda nos próximos meses. Estamos vendo as taxas de ocupação dos hospitais diminuindo”, disse o coordenador. No entanto, ao final do ano, o índice de preços dos medicamentos para hospitais ainda deve permanecer alto. Oliva ressaltou que o grupo de medicamentos que apresentou as maiores altas são aqueles usados no tratamento para a covid-19. Pelos dados, no primeiro semestre, os remédios para o sistema nervoso aumentaram 35,52%, os do sistema musculoesquelético outros 23,41%, preparados hormonais sistêmicos chegaram a 23,26%, sangue e órgãos hematopoiéticos cresceram 19,26%, aparelho digestivo e metabolismo tiveram alta de 13,58% e anti-infecciosos gerais para uso sistêmico aumentaram 13,41% no período. Já em relação aos últimos 12 meses encerrados em junho, os medicamentos que contribuíram para a alta do IPM-H foram dos grupos do sistema nervoso (33,80%), sistema musculoesquelético (31,12%), sangue e órgãos hematopoiéticos (22,75%), preparados hormonais sistêmicos (20,89%) e aparelho digestivo e metabolismo (19,13%).
Divulgados dados do anuário sobre a indústria farmacêutica no Brasil
A Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED), unidade administrativa exercida pela Anvisa, acaba de lançar a 5ª edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico. Em uma versão comemorativa, a publicação traz dois grandes recortes de informações: um dedicado ao panorama do mercado em 2019 e outro com séries históricas entre 2015 e 2019. O objetivo do anuário é oferecer, de forma racional e organizada, estatísticas sobre a indústria de fármacos no Brasil. Para traçar o perfil do mercado, o levantamento considerou dados consolidados até julho de 2020 sobre produtos farmacêuticos regulados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), divididos em seis grupos distintos de fármacos: biológicos, específicos, genéricos, similares, novos e fitoterápicos. Portanto, a publicação traz uma série de recortes, com uma ampla gama de informações sobre a indústria, o faturamento obtido no ano, produtos comercializados, características dos medicamentos, canais de distribuição, substâncias mais comercializadas e vários outros recortes. O documento usa informações do Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (Sammed). De acordo com as informações do anuário, a venda de medicamentos no Brasil gerou um faturamento de R$ 85,9 bilhões em 2019. Em termos percentuais, o valor da comercialização refletiu um crescimento de 7,9% em relação a 2018. Quanto à quantidade de embalagens, o aumento foi de 15,4% de um ano para o outro, passando de 4,6 bilhões para 5,3 bilhões. O relatório revela também que, em 2019, foram identificados 5.897 produtos cadastrados e em comercialização no país. Destes, 40,4% eram medicamentos similares e 39,6%, genéricos. Portanto, similares e genéricos corresponderam a 80% dos produtos cadastrados e em comercialização. Outros tipos de produtos representaram 33,8%. O documento aponta que o faturamento dos medicamentos novos apresentou maior representatividade no mercado, somando mais de R$ 30,5 bilhões, seguido do valor da categoria de biológicos (R$ 21,8 bilhões) e de similares (R$ 17,2 bilhões). Leia a íntegra da 5ª edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, com dados de 2019 e séries históricas de 2015 a 2019.