SAÚDE E SOCIEDADE
15/12/2021 - Saúde na imprensa 15/12/2021
Irregular e desaconselhada por médicos, ozonioterapia é praticada em clínicas brasileiras
Mesmo desaconselhada por especialistas, a ozonioterapia ganha tração no Brasil. Reportagem publicada no Globo, aponta que clínicas especializadas oferecem o serviço em diversas localidades do país. Nesses locais, defende-se que a prática oferece mais de 200 benefícios aos usuários e colabora para a melhora da saúde ou bem-estar de pacientes que sofram diferentes doenças: de autismo a câncer. Trata-se, contudo, de uma prática irregular pois todas as máquinas de ozônio liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possuem uso autorizado apenas para fins estéticos (como na limpeza de pele) e na odontologia. Em nota, a agência informou à reportagem que “atualmente, não existem equipamentos de ozonioterapia com finalidade terapêutica ou preventiva médica regularizados junto à Anvisa. No caso de produtos com indicações de uso diferentes daquelas já aprovadas pela Anvisa, a situação é irregular”. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
LEVANTAMENTO
Estudo revela desigualdades no acesso a tratamento do câncer de mama
Estudo realizado pela Fundação do Câncer revela desigualdades encontradas pelas mulheres no acesso ao tratamento do câncer de mama, tanto em hospitais públicos quanto privados, informou a Agência Brasil. Com base em dados dos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil (RHC) disponibilizados pelo Ministério da Saúde e consolidados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o levantamento abrange um período de 13 anos, compreendidos entre 2006 e 2018. Os registros mostram que a origem do encaminhamento da mulher ao hospital para o tratamento do câncer de mama é classificada como SUS (Sistema Único de Saúde) e não SUS.Segundo o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, foram analisadas as variáveis relativas ao estadiamento do câncer de mama ao diagnóstico, o tempo decorrido entre o diagnóstico e o tratamento e a escolaridade das pacientes. “Dessa forma, evidenciamos que o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento está longe do ideal para os dois grupos estudados. Ainda assim, as pacientes que vieram pelo SUS levaram mais tempo do que as pacientes encaminhadas pelo setor privado”. Não há como dizer por que isso ocorre, afirmou Scaff. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
DEBATE
Terapia avançada é tema de oficina entre Anvisa e regulador colombiano
Começou nesta terça-feira (14/12) a oficina “Fortalecimento de capacidades para medicamentos”, organizada pelo Instituto Nacional de Vigilancia de Medicamentos y Alimentos (Invima), órgão regulador da Colômbia. Segundo informou a Anvisa, o objetivo da atividade, que se estende até esta quarta-feira (15/12), é discutir e compreender os modelos regulatórios aplicados aos produtos de terapias avançadas (PTAs) no Brasil e fortalecer o desenvolvimento dos marcos regulatórios colombianos. O debate envolve temas como: conceitos regulatórios adotados pela Anvisa no âmbito das terapias avançadas; enfoque do Brasil para o desenvolvimento de ensaios clínicos; e requerimentos técnicos que devem ser cumpridos pelos patrocinadores e centros clínicos que desenvolvem pesquisas nessa área. Inclui também as estratégias regulatórias para o registro sanitário de terapias avançadas, além das experiências brasileiras no processo de avaliação de riscos e benefícios desses produtos inovadores. O Brasil é um dos primeiros países da América Latina a desenvolver marcos regulatórios aplicados especificamente aos produtos de terapias avançadas. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
PESQUISA
Descoberta mutação genética que desencadeia leucemia aguda grave
Pesquisadores brasileiros e portugueses descobriram que um tipo agressivo de leucemia linfoide aguda (LLA), câncer mais comum em crianças, é provocado por uma mutação no gene que produz uma proteína envolvida com a imunidade (IL-7R), informou o Estado de S. Paulo. “A partir de modelo animal desenvolvido no Brasil, observamos que a ativação contínua da função da proteína IL-7R, mesmo que em níveis fisiológicos de sua expressão, desencadeia a proliferação exagerada de leucócitos (glóbulos brancos) da família dos linfócitos, originando a leucemia aguda grave. O achado é importante, pois, tendo um maior entendimento no nível molecular da doença e suas causas genéticas, é possível propor novos tratamentos, principalmente para os casos de recidiva ou em que o tratamento convencional não funciona”, afirma José Andrés Yunes, pesquisador do Centro Infantil Boldrini e autor do estudo. De acordo com a pesquisa, a mutação no gene produtor da IL-7R, além de desencadear a leucemia, também estimula novas mutações em outros genes – como o PAX5 e KRAS – que fazem com que a doença progrida. Para acessar a matéria completa, clique aqui.