SAÚDE E SOCIEDADE
16/06/2021 - Saúde na imprensa 16/06/2021
Queiroga reafirma previsão de vacinação completa contra a covid-19 até o fim do ano
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cumpriu agenda em Goiânia nesta terça-feira (15). A tarde começou com a vistoria nas novas instalações do Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz, onde disse que pretende ampliar a vacinação para que o governo federal possa “entrar no coração dos brasileiros”. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo Queiroga inspecionou ainda a vacinação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim América, também na capital goiana e aplicou vacina em duas pessoas. Ao lado do governador Ronaldo Caiado (DEM) e de demais autoridades, reforçou que o objetivo está em adquirir mais vacinas para acelerar o Plano Nacional de Imunização (PNI). “A prioridade máxima é a vacinação. Trabalhamos 24 horas por dia para antecipar as doses e acelerar o Programa Nacional de Imunização”, disse. O ministro disse ainda que nesse mês de junho a expectativa é de ter mais de 40 milhões de doses de vacina. “Em julho a expectativa é semelhante, de tal maneira que em três meses nós podemos entregar quase o mesmo número de vacinas que foram entregues desde o início do Plano Nacional de Imunização”, pontua. "Podemos dizer com certeza que a população acima de 18 anos estará vacinada com as duas doses até o final do ano”, garantiu o ministro. O governador Ronaldo Caiado ressaltou no momento, desejo que haja a manutenção das estruturas e orçamento para atendimento na saúde no ano que vem.
Exército já chama militar de 43 anos para se vacinar contra Covid
O Exército já convocou militares da ativa de 43 anos de idade, com atuação em Brasília, para serem vacinados contra a Covid-19, enquanto agendamentos para imunização de moradores do DF com idade entre 50 e 59 anos têm sucessivos adiamentos em razão da falta de doses. Militares com 50 anos ou menos e que atuam administrativamente no Quartel-General do Exército, a sede da Força em Brasília, já são chamados para serem vacinados contra a Covid-19 desde o fim de maio. A convocação se estendeu até a faixa de 43 anos no fim da semana passada. Além do QG, foram chamados integrantes do Exército que atuam no Ministério da Defesa e no GSI (Gabinete de Segurança Institucional), vinculado à Presidência da República. A informação sobre a vacinação aparece em comunicados internos do Exército, com convocação que se estende aos setores administrativos, e confirmada pela reportagem com militares em posições de comando. O avanço da imunização no Exército em Brasília pode se configurar uma contrariedade a notas técnicas do Ministério da Saúde que orientam as ordens de prioridade na vacinação contra a Covid-19. As Forças Armadas estão na lista de prioridades, ao lado das demais forças de segurança, mas há observações técnicas sobre como devem ser destinadas as doses disponíveis. Em resposta aos questionamentos da Folha de S.Paulo, o ministério citou dois documentos que descrevem critérios para a vacinação dos militares. Um deles é a 11ª pauta de distribuição de imunizantes, de 31 de março. O outro, a nota técnica nº 297/2021, do mesmo dia. Ambos foram elaborados pela coordenação-geral do PNI (Programa Nacional de Imunizações). Foi a partir da 11ª etapa da campanha de vacinação que passaram a ser incluídas "forças de segurança e salvamento e Forças Armadas".
Anvisa autoriza importação excepcional da vacina russa Sputnik V por sete estados
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta terça-feira (15), a importação excepcional da vacina Sputnik V pelos estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Amapá, Paraíba e Goiás. De acordo com a Folha de S.Paulo para facilitar o monitoramento e a intervenção da Anvisa, se necessário, o quantitativo corresponde a vacinação de 1% da população de cada estado —Rio Grande do Norte e Mato Grosso: 71 mil doses; Rondônia: 36 mil; Pará: 174 mil; Amapá: 17 mil; Paraíba: 81 mil e Goiás: 142 mil doses. O órgão poderá, a qualquer momento, suspender a importação, a distribuição e a utilização. O procedimento deverá ser realizado sob condições controladas, como a utilização apenas na imunização de indivíduos adultos saudáveis. Além disso, todos os lotes importados das vacinas somente poderão ser destinados ao uso após liberação pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) da Fiocruz. A vacina deverá ser utilizada em condições controladas, com condução de estudo de efetividade, com delineamento acordado com a agência e executado conforme as Boas Práticas Clínicas.
Eventual gabinete paralelo é 'gravíssimo', diz Rosa Weber ao manter quebra de sigilo de Wizard
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber manteve nesta quarta-feira (16) a decisão da CPI da Covid de pedir a quebra de sigilos telefônico e telemático (mensagens e e-mails) do empresário Carlos Wizard, informou o G1. Wizard é apontado como um dos integrantes do suposto "gabinete paralelo" que aconselhava o presidente Jair Bolsonaro na estratégia de enfrentamento à pandemia. Na decisão, Rosa Weber afirma que a possível existência desse ministério paralelo é "fato gravíssimo". “A eventual existência de um Ministério da Saúde Paralelo, desvinculado da estrutura formal da Administração Pública, constitui fato gravíssimo que dificulta o exercício do controle dos atos do Poder Público, a identificação de quem os praticou e a respectiva responsabilização e, como visto, pode ter impactado diretamente no modo de enfrentamento da pandemia”, escreveu a ministra. Para Rosa Weber, o afastamento dos sigilos dos dados se justifica no caso. Nesta quarta, a ministra também manteve as quebras dos sigilos de Filipe Martins e da associação Médicos Pela Vida Covid-19. "Assim, a investigação de seus integrantes e a ligação que mantinham com o Poder Público possibilitará, em abstrato, campo lícito para o desenvolvimento das atividades de investigação, sem que se possa falar, à primeira vista, em desbordamento de seus limites", diz. A ministra afirmou que os indícios reunidos contra Wizard mostram que o empresário pode ter atuado diretamente para utilização de medicamentos sabidamente ineficazes. A quebra dos sigilos como medida excepcional, diz a magistrada, pode ajudar a esclarecer os fatos. “Não há, por óbvio, como saber, de antemão, se e quais indícios demonstrarão, ao fim das investigações, conexões efetivamente importantes e, por isso, todos devem ser objeto de análise”, disse. Rosa Weber afirma que a quebra é mais um elemento que vai permitir que a CPI “descortine todos os espectros possíveis da investigação, para que não sejam indevidamente limitados os poderes a ela conferidos [...] Constituição”.