SAÚDE E SOCIEDADE
18/11/2021 - Saúde na imprensa 18/11/2021
Anvisa questiona Saúde sobre reforço a todos os adultos e 2ª dose da Janssen
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou uma lista de questionamentos ao Ministério da Saúde sobre a decisão de liberar a dose de reforço da vacinação contra Covid-19 a todos adultos. Segundo a Folha de S. Paulo, a agência também pede dados sobre a decisão de aplicar a vacina da Janssen, antes de dose única, em duas doses. Os questionamentos da Anvisa foram enviados na noite de quarta-feira (17) ao Ministério da Saúde. A agência afirma que é preciso demonstrar ’minimamente’ que seguem mantidas a segurança e a eficácia das vacinas após as mudanças.No mesmo documento, a Anvisa afirma que só conhece discussões sobre a Janssen que envolvem a ’possibilidade de aplicação de dose de reforço e não de segunda dose como parte do esquema primário de vacinação’. Em seis questionamentos sobre a mudança no esquema vacinal da Janssen, a agência pede à Saúde dados de estudos utilizados para o anúncio, como a eficácia demonstrada após a segunda dose e a aplicação de reforço e resultados de segurança. Em discussão prévia, técnicos da Anvisa aconselharam o ministério a aguardar uma posição da agência sobre a aplicação da dose de reforço, o que não ocorreu. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
ORÇAMENTO
Saúde pede a Guedes mais R$ 1,4 bi em 2021 para garantir vacinas da Pfizer em 2022
O Ministério da Saúde pediu à equipe de Paulo Guedes (Economia) o aumento de R$ 1,4 bilhão no Orçamento de 2021 para garantir a compra de 100 milhões de vacinas da Pfizer para a campanha contra da Covid-19 de 2022, informou a Folha de S. Paulo. O imunizante é uma das apostas do governo para o controle da pandemia no próximo ano, pois pode ser usado em adolescentes, está sob análise para crianças e serve como dose de reforço para quem recebeu outros modelos de vacinas. O pedido deve entrar na pauta da próxima reunião da JEO (Junta de Execução Orçamentária). A pasta de Guedes sinalizou que irá adicionar a verba ao orçamento da Saúde, segundo integrantes do governo. O recurso extra, que deve ficar dentro do teto de gastos —regra que limita o aumento das despesas públicas—, seria usado para pagar antecipadamente 20% do contrato de R$ 7 bilhões com a Pfizer, uma imposição da farmacêutica na negociação pelas doses. Procurados, os ministérios da Economia e da Saúde não se manifestaram. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
RECURSOS
Saúde tem menor previsão de gastos federais desde 2012
No momento em que o sistema público de saúde ainda se recupera do pico de demanda provocado pela pandemia de covid-19, a previsão de gastos federais nessa área na proposta orçamentária de 2022 tem o menor nível desde 2012, segundo nota técnica do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) obtida pelo Estadão/Broadcast. O órgão alerta para a falta de recursos suficientes para financiar gastos com atenção primária, além da queda de investimentos na área. O diretor de políticas públicas do IEPS, Arthur Aguillar, explica que mesmo com a redução na procura por atendimentos no SUS por covid-19, graças à ampliação da vacinação, há uma demanda reprimida por procedimentos diversos, que caíram 19% em 2020. A situação desses pacientes pode ter se agravado, sobretudo no caso de pessoas com doenças crônicas. Para o IEPS, lidar com esse quadro em um cenário com poucos recursos pode ser dramático. A nota técnica considerou as dotações previstas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de cada ano. Portanto, o valor não considera emendas parlamentares, cuja parcela é destinada às ações em saúde – o estudo inclusive critica a elevada dependência desse instrumento para a realização de investimentos, como a criação de novas unidades básicas de saúde. Para 2022, também foram descontados gastos relativos ao combate à covid-19 (que elevam a dotação total a R$ 147,5 bilhões, mas também podem ser insuficientes na avaliação do instituto). Para acessar a matéria completa, clique aqui.
FASE DE TESTE
Coquetel da AstraZeneca oferece 83% de proteção contra covid ao longo de 6 meses, diz fabricante
A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca informou nesta quinta-feira, 18, que seu coquetel de remédios contra covid-19, chamado de AZD7442 ou Evusheld, oferece 83% de proteção ao longo de um período de seis meses. O produto, que consiste em uma combinação de anticorpos de longa ação (LAABs, na sigla em inglês), ainda está em fase de testes. Segundo o Estado de S. Paulo, com o avanço nos resultados, a AstraZeneca dá um largo passo para disponibilizar uma solução focada naqueles que podem não responder bem às vacinas. Participam dos testes pessoas com comorbidades e/ou que tenham potencial de desenvolver quadros graves da doença. A AstraZeneca apontou que um estudo separado em pacientes com covid-19 leve a moderada mostrou ainda que uma dose maior de AZD7442 reduz o risco de agravamento dos sintomas em 88%. Isso para casos em que o coquetel é administrado dentro dos três dias após os primeiros sintomas. A terapia injetada tinha demonstrado anteriormente conferir 77% de proteção contra doença sintomática após três meses, em uma leitura prévia do último estágio de testes. Para acessar a matéria completa, clique aqui.