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27/05/2021 - Saúde reduz em 8,4 mi previsão de doses da vacina para junho

O Ministério da Saúde reduziu nesta quartafeira(26) para 43,8 milhões a previsão de doses de vacinas contra a Covid a serem distribuídas em junho. Até então, a estimativa era de 52,2 milhões de doses.

Os dados constam de nova versão do cronograma divulgado pela pasta. A maior redução ocorre nas remessas programadas da vacina AstraZeneca/Oxford, produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Elas passaram de um total de 34,2 milhões para 20,9 milhões.

Há também acréscimos nas estimativas. Em junho, o Brasil deve receber 4,8 milhões de doses do consórcio global Covax Facility que estavam previstas para outros meses. Assim, no cálculo final, serão distribuídas 8 milhões de doses a menos.

Segundo o secretárioexecutivo da pasta, Rodrigo Cruz, a mudança ocorre devido a dificuldades na obtenção de insumos usados pela Fiocruz para a fabricação das doses.

Em audiência na Câmara dos Deputados, Cruz afirmou que a Saúde busca antecipar entregas da matériaprima para reverter a queda.

No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,

também comentou a dificuldade em obter vacinas “em nível global”.

“A própria iniciativa privada viu que não é simples adquirir vacinas no exterior”, disse. Segundo ele, a alta demanda mundial esfriou o debate sobre a compra de doses pelas empresas.

O ministro buscou justificar a queda na previsão de doses em junho, afirmando que o total ainda representa um aumento em relação a maio. “De 30 milhões de doses em maio para mais de 40 milhões em junho, são 10 milhões a mais”, disse.

Municípios, porém, tem se queixado de constantes interrupções na campanha de imunização devido à baixa oferta de vacinas.

De acordo com o ministro, a pasta negocia mais doses com empresas como a Moderna, ao mesmo tempo em que tem tido conversas com os EUA e outros países.

Queiroga disse ter um “relacionamento muito fluido” com o embaixador americano, Todd Chapman, mas não acredita que os EUA doarão doses ao Brasil. “Sendo pragmático, os Estados Unidos não vão doar doses de vacina para o Brasil. Até porque o Brasil comprou essas doses das indústrias americanas”, disse, em referência à Pfizer e à Janssen.

Fonte: Folha de S.Paulo