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18/03/2021 - Setenta e dois por cento da população brasileira é acometida por doenças crônicas
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são a principal causa de mortalidade e de incapacidade nas Américas. No Brasil, cerca de 72% da população é afetada por essas condições, entre as quais estão doenças cardiovasculares e respiratórias, cânceres e diabetes mellitus. Elas atingem, sobretudo, indivíduos na faixa etária de 30 a 69 anos, com maior frequência entre mulheres e aqueles com menor escolaridade.
Nesse sentido, dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, divulgados neste mês, levantados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, entre os anos de 2006 e 2019, monitorou as práticas de proteção e risco para o desenvolvimento das DCNT, em duas mil entrevistas coletadas em todo o País.
Houve aumento de consumo recomendado de frutas e hortaliças de 20% em 2008 para 22,9% em 2019, com maior intensidade entre as mulheres. Da mesma forma, a prática de atividade física no lazer subiu de 30,3% em 2009 para 39% em 2019.
Com relação ao tabagismo, a pesquisa aponta uma diminuição no consumo: de 15,7% em 2006 para 9,8% em 2019, “com redução observadas em ambos os sexos, com maior intensidade entre homens”. No entanto, o consumo de bebidas alcoólicas subiu de 15,7% em 2006 para 18,8%, sendo observada a prevalência no grupo feminino.
O tabagismo e o uso abusivo de álcool estão entre os principais fatores de risco para doenças crônicas. Segundo a análise do Ministério da Saúde, os homens apresentaram maior prevalência, em comparação às mulheres, no uso de tabaco – possivelmente em razão de questões históricas ligadas à propaganda dos cigarros, mas também a questões econômicas, culturais e sociais.
“Padrões sociais e culturais podem também explicar as diferenças encontradas consistentemente entre homens e mulheres para o consumo de álcool. Destaca-se que, a despeito de o consumo ser maior entre os homens, aumento significativo da prevalência no período foi verificado para as mulheres, revelando sua maior exposição”, considera o boletim.