O que diz a mídia

25/02/2019 - Silêncio, por favor: ausência de barulho pode turbinar o cérebro e a criatividade

G1

Vivemos cercados de som e barulho, mas o que acontece quando nos deparamos com o verdadeiro silêncio? O barulho do trânsito, sirenes estridentes, vozes altas, alertas de mídia social - tudo pode ser avassalador na vida de alguém, mas ainda assim a ausência de som tem sido associada à solidão, ao tédio ou à tristeza.

"Vivemos na era do barulho. O silêncio está quase extinto", afirma o filósofo e aventureiro Erling Kagge.

E ele diz isso com propriedade: Erling explorou o poder do silêncio e tornou-se a primeira pessoa a alcançar os "três polos" do norte, sul e o cume do Everest.

Mas por que precisamos de silêncio, como o perdemos e onde poderíamos encontrá-lo novamente?

Silêncio permite que nos sintamos 'presentes'

"A Antártida é o lugar mais quieto em que eu já estive", diz Erling. "Ali, estava cada vez mais atento ao mundo do qual faço parte."

Ele explica como o silêncio que encontrou em sua expedição permitiu que se sentisse mais "presente": "Eu não estava nem entediado nem interrompido. Eu estava sozinho com meus próprios pensamentos e ideias... Eu estava presente em minha própria vida".

Obviamente não podemos ir todos para um deserto gelado a qualquer momento, mas talvez seja possível encontrar um espaço silencioso - um quarto, algum canto silencioso de um jardim ou um cubículo de banheiro - pode nos ajudar a tirar um momento da correria de nossas rotinas diárias e a nos reconectar com nós mesmos.

Erling acredita que todos nós podemos encontrar nosso "silêncio interno" e sugere "ficar de pé no chuveiro... sentado em frente a um fogo crepitante, nadando em um lago na floresta, ou dando um passeio por um campo".

"Todas essas podem ser experiências de quietude perfeita."

O silêncio nos dá espaço para pensar