Rachel, por sua vez, reconhece que ter sentimentos controversos em relação à mãe. "Me sinto frustrada e triste, mas tento ser compreensiva porque talvez minha mão biológica não soubesse as consequências do que estava fazendo. De toda forma, tenho de viver cada dia sabendo que sou diferente porque uma pessoa cometeu um erro", afirma.
O que diz a mídia
15/03/2019 - Síndrome Alcoólica Fetal: os males causados nos filhos pelo consumo de bebidas na gravidez
G1
Rachel, de 16 anos, parou de crescer há seis anos. Andy tem problemas graves de memória. Ambos sofrem com o transtorno conhecido como Síndrome Alcoólica Fetal, provocado pelo consumo de grandes quantidades de álcool pelas mães durante a gestação.
Andy e Rachel foram adotados pelo casal Sharon e Paul, que também criam outros três filhos adotivos.
Quando pequeno, Andy tinha ataques de pânico em lugares com muita gente. Enfrentava dificuldade para executar atividades cotidianas simples como escovar os dentes.
Tinha problemas para se concentrar. Médicos haviam diagnosticado Andy com síndrome do espectro alcoólico fetal, mas os serviços de assistência social, segundo a mãe adotiva, nunca deram muita importância.
Andy também sofre com problemas físicos provocados pelo consumo de álcool da mãe biológica. A mandíbula inferior se desenvolveu corretamente, mas a superior, não. Aos 17 anos, ele precisou passar por uma cirurgia.
Diagnóstico difícil
Rachel também tem problemas físicos, como dificuldades para movimentar as articulações e percorrer grandes distâncias a pé. A síndrome foi diagnosticada quando ela tinha seis anos. Ela sofre, ainda, com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Não há dados oficiais sobre quantas crianças sofrem com esse tipo de síndrome, porque ela é considerada de difícil diagnóstico. Estudo do Centro de Dependência e Saúde Mental do Canadá estima que 119 mil crianças com Síndrome Alcoólica Fetal nasçam a cada ano no mundo.
Entre os sintomas, há danos cerebrais, problemas físicos e no sistema nervoso central, entre outros. As manifestações da síndrome, em sua maioria, não têm cura.
Ainda conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria, entre os sintomas mais comuns da Síndrome Alcoólica Fetal estão:
- alterações faciais;
- atraso no crescimento;
- desordens de comportamento e de aprendizado;
- comprometimento em diferentes órgãos, aparelhos e sistemas, principalmente no nervoso central.
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