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03/12/2020 - Sobe número de gestantes infectadas por HIV no Brasil

Segundo boletim do Ministério da Saúde, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil atualmente. Em 2019, foram notificados 41.919 novos casos, sendo 4.948 (11,8%) na Região Norte, 10.752 (25,6%) no Nordeste, 14.778 (35,3%) no Sudeste, 7.639 (18,2%) no Sul e 3.802 (9,1%) no Centro-Oeste.

Desde o ano de 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção da doença no Brasil, de 21,9/100 mil habitantes (2012) para 17,8/100 mil habitantes em 2019. Por outro lado, em dez anos, houve aumento de 21,7% na taxa de detecção de gestantes soropositivas em todo o País, com 134.328 infectadas com HIV.

As regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores incrementos na taxa, ambos com 83,3% nos últimos 10 anos. Já a região Sul, em toda a série histórica, apresentou as maiores taxas de detecção de HIV em gestantes no País.

Ainda de acordo com o boletim, em 2009, registrou-se 2,3 casos/mil nascidos vivos e, em 2019, essa taxa passou para 2,8/mil. Na Região Sul, a taxa observada foi de 5,6 casos/mil nascidos vivos, duas vezes superior à taxa nacional.

O aumento pode ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal, melhoria da vigilância na prevenção da transmissão vertical do HIV e no uso da terapia antirretroviral (TARV). A taxa de transmissão do vírus de mãe para filho durante a gestação pode chegar a 20%, mas seguindo todos os procedimentos e tratamentos, essa porcentagem cai para níveis menores que 1%.

Mortalidade

Em relação à mortalidade, no período de 2009 a 2019, houve uma queda de 29,3%, passando de 5,8 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes, segundo dados do Boletim Epidemiológico HIV/Aids, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis - da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DCCI/SVS/MS) -, que apresenta anualmente informações sobre os casos de HIV no País.

Embora tenha se observado diminuição dos casos, vale ressaltar que parte dessa redução pode estar ligada a problemas de transferência de dados entre esferas na gestão no SUS, o que pode acarretar na diferença total de casos entre as bases de dados municipal, estadual e federal de HIV/AIDS.

A AIDS é causada pelo vírus HIV, que danifica o sistema imunológico e interfere na habilidade do organismo de lutar contra outras infecções. Seus sintomas podem ser semelhantes ao da gripe, como febre e dor de garganta, mas a doença costuma ser assintomática até evoluir.

Ainda não existe cura, por isso são feitos tratamentos com adesão estrita aos regimes antirretrovirais (ARVs) que podem retardar a doença e prevenir outras infecções.