O QUE DIZ A MIDIA

17/02/2021 - SP centraliza atendimento e rastreia casos de variante

A Prefeitura de São Paulo estuda ampliar o atendimento para tratamento de pacientes com variantes do novo coronavírus.

Hoje, apenas o Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria, em Pirituba, zona oeste, recebe pacientes contaminados pela variante brasileira chamada de P1.

A primeira medida é a expansão do atendimento no hospital de Pirituba, com aumento o número de leitos. Mas outros locais com atendimento exclusivo à covid-19 podem receber os infectados com a nova cepa.

A Secretaria de Saúde confirmou 13 casos desde janeiro, sendo nove pela variante brasileira do coronavírus, chamada de P1, e quatro do Reino Unido. No Estado, já foram identificados 25 casos, 12 deles em Araraquara.

Desses, 16 são autóctones, ou seja, de pessoas que não viajaram ao Amazonas, onde a nova cepa teve origem, nem tiveram contato com quem veio de lá. Outros seis casos suspeitos na cidade aguardam resultado do Instituto Adolf Lutz. A confirmação de novas variantes ocorre por meio de sequenciamento genético, além da investigação epidemiológica dos casos, como históricos de viagens e contatos.

Outro plano da Prefeitura para conter o avanço das variações do novo coronavírus é aprofundar o rastreamento das pessoas que tiveram contatos com os pacientes.

Isso inclui a testagem dos familiares, dos profissionais de saúde que atenderam os infectados e até dos pacientes hospitalizados nos mesmos locais, uma hora antes e uma hora depois, que os infectados. Quando as pessoas são testadas, os exames são encaminhados para o Instituto Adolfo Lutz ou para o Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

O secretário municipal de Saúde, José Aparecido, afirma que o cadastro dos pacientes que fazem o teste RT-PCR, para identificação da covid-19, também levanta informações sobre viagens recentes para o Norte do País. “Os testes das pessoas que relatam viagens para a Região Norte são separados e percorrem caminho diferente, buscando identificar as variantes.”

Cuidado

Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), não descarta o aparecimento de cepas que ainda não tenham sido descobertas. “Com a circulação exacerbada dos vírus, e pessoas cada vez mais infectadas, o aparecimento de mutações é provável. Deve ter outras variantes que ninguém está testando e algumas podem ser perigosas. O aparecimento de variantes está relacionado à falta de uma política publica de controle.”

Fonte: O Estado de S.Paulo