APM NA IMPRENSA

31/03/2020 - SP já enfrentou surto de varíola e epidemia da gripe espanhola
Confira o vídeo completo da reportagem do Bom dia São Paulo, da TV Globo, neste link.
O estado de São Paulo já enfrentou surto de varíola no século 10 e epidemia de gripe espanhola no século 20 antes de ser atingido pela pandemia de coronavírus neste século 21. Atualmente o estado é o epicentro da Covid-19 no Brasil.
Conhecendo o passado é possível compreender melhor como superar a pandemia causada pela Covid-19 que começou a assolar o mundo em 2019 e prossegue neste ano de 2020.
São Paulo já teve também cólera, poliomielite e febre amarela -- que voltou a infectar quem teima em não tomar a vacina.
Doenças que, nos últimos séculos, mataram milhares de pessoas aqui no Brasil. Muitas delas em cidades paulistas.
Gripe espanhola
Só a gripe espanhola fez 40 mil vítimas fatais no estado. E esse número teria sido ainda maior se o isolamento social não fosse adotado.
“A gripe espanhola matou 50 milhões de pessoas no mundo todo em 1918”, conta o historiador e pesquisador Henrique Trindade.
Como as pessoas eram orientadas a ficar em casa, os jornais da época estampavam fotos com ruas e avenidas vazias -- do mesmo jeito que a imprensa vem mostrando em 2020.
Varíola
Movimento mesmo no passado só nos hospitais. No surto de varíola, o centro médico que tratava quem tinha a doença acabou dando nome ao bairro onde funcionava, chamado depois de Bixiga.“Antes a varíola era conhecida como bixiga, o mal das bixigas”, lembra Henrique. Segundo ele, depois os moradores do bairro pediram para mudar o nome da região para Bela Vista.
A história de uma hospedaria de imigrantes na Mooca, no Museu da Imigração, tem relação com as epidemias que foram registradas no passado na capital.
O prédio começou a funcionar em 1887 - antes mesmo de ficar pronto - para receber imigrantes com varíola durante um dos surtos da doença. Eles ficavam isolados, em quarentena.
Hospitais de campanha
Atualmente, centros especializados também estão sendo criados pra tratar especialmente dos pacientes com a Covid-19 na cidade de São Paulo.
Hospitais de campanha estão sendo erguidos em poucos dias no Complexo do Anhembi e no Estádio do Pacaembu.
Para esses locais não ficarem lotados com pacientes doentes, é preciso que as pessoas se conscientizem de lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia e passar álcool em gel sempre que possível.
São cuidados básicos e necessários que podem permanecer mesmo depois dessa pandemia global.
“Nós não podemos daqui a seis meses deixar de lavar as mãos”, diz o médico José Luiz Gomes, presidente da Associação Paulista de Medicina.