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Índice registrado pelo Imperial College, de Londres, é o maior desde março: Brasil ultrapassa Índia na média móvel de mortes taxa de transmissão (Rt) da Covid-19 no Brasil segue em alta, subindo agora para 1,13, segundo levantamento do Imperial College de Londres, atualizado ontem.

E o maior índice desde março, quando ataxa chegou a 1,23, a mais alta registrada neste ano. Já o Rt mais baixo em 2021 foi de 0,91, identificado no levantamento da penúltima semana de maio.

Quando a taxa de contágio está acima de 1, indica que a Covid-19 avança sem controle. O Rt brasileiro estava em 1,07 no relatório divulgado na semana passada, e em 0,99 no anterior. No momento, é o maisalto de toda a América do Sul. O índiceatual significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitemadoença para outras 113.

Nesta semana, após quase dois meses, o Brasil ultrapassoua Índiana média móvel diária de mortes por Covid-19. A reviravolta ocorreu no último domingo, segundo o site Our World In Data. Naquele dia, a média móvel brasileira era de 2.060, ante 1.975 da registradano país asiático.
No sábado, a plataforma registrou a liderança da india, com a média móvel de 2.332 óbitos; no Brasil, o índice foi de 2.075.

A Índia estava à frente no ranking da média móvel de óbitos desde 26 de abril, desbancando o Brasil, que liderava desde 9 de março, quando ultrapassou os Estados Unidos, que já testemunhava os resultados da aceleração de sua campanha de vacinação, patrocinada a partir do final de janeiro pelo presidente Joe Biden. Desde então, a curva americana despencou — no último domingo, sua média móvel era de 281 mortes, sete vezes menor do que a brasileira.

O Brasil tem hoje 23% das mortes diárias por Covid no mundo. Especialistas dizem que os números da vacinação estão longe de oferecer uma proteção coletiva e alertam para o risco de agravamento da doença no país.
O Imperial College também projeta que o Brasil deve registrar 16.300 óbitos pela doença nesta semana, um aumento de 14% em relação à anterior, quando foram contabilizadas 14.264 mortes provocadas pelo novo coronavírus.

A taxa de transmissão éuma das principais referências para acompanhar a evolução epidêmica do Sars-CoV-2 no país. No entanto, especialistas costumam ponderar que é preciso acompanhá-la por um período prolongado de tempo para avaliar cenários e tendências, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do coronavírus, quechegaa14 dias.

Estatísticas nacionais apontam que o Brasil registrou, ontem, média móvel de 73.255 diagnósticos de Covid-19, um crescimento de 26% em comparação ao índice de 14 dias atrás, o que demonstra uma tendência de alta. Este é o pior aumento desde março, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa.

Após seis dias seguidos com média móvel de mortes acima de 2 mil, o Brasil registrou ontem média móvel de óbitosem 1.962. O cálculo indica um aumento de 14% em comparação com o índice de duas semanas atrás. O país ultrapassou, no sábado, amarca de 500 mil óbitos pelo coronavírus.

Fonte:O Globo