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As medidas sanitárias adotadas para conter a pandemia de Covid-19 levaram a uma queda de 99% nos casos de sarampo no estado de São Paulo. Até o dia 10 de agosto deste ano foram cinco casos contra 772 no mesmo período de 2020.

Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde. Ainda que a vacina seja a melhor forma de prevenção do sarampo, a redução brutal dos casos neste ano é atribuída, principalmente, ao uso de máscara, ao distanciamento social e ao incentivo à higienização das mãos. O vírus é transmitido por via respiratória.

Os cinco casos da doença (em São Bernardo do Campo, Campinas, Americana, Altinópolis e capital) ocorreram em crianças de até nove anos. Nenhuma tinha esquema vacinal completo e havia histórico de comorbidades. Não houve óbitos.

No ano passado, do total de 883 casos, 40% foram em crianças menores de nove anos. A única morte foi também nessa faixa etária.

Em 2019, o estado de São Paulo viveu o auge da epidemia de sarampo, com 17.976 casos e 18 mortes. As pessoas de até 29 anos responderam por 80% dos infectados e 61% dos óbitos.

Segundo Helena Sato, médica de divisão de imunização da secretaria estadual, apesar da redução dos casos neste ano, ainda persiste a preocupação com a queda na taxa de vacinação infantil. Em 2020, os índices despencaram ainda mais, aumentando o risco de novos surtos de doenças preveníveis.

Sato afirma que, embora as medidas sanitárias tenham mostrado um impacto positivo na prevenção do sarampo, é fundamental que os pais mantenham o esquema de vacinação dos filhos em dia.

“O vírus continua circulando por aí, não podemos baixar a guarda. Se a gente deixa para depois, a recuperação da cobertura vacinal fica mais difícil porque vão acumulando pessoas suscetíveis à doença.” Além de ser altamente transmissível, o sarampo pode evoluir para casos graves e causar complicações sérias, como pneumonia, encefalite e morte.

Fonte: Folha de S.Paulo