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Nesta segunda-feira, 3 de maio, a Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina se reuniu com os representantes da 3ª Diretoria Distrital da entidade dando continuidade a seu trabalho de mobilização em todo o estado. O intuito é entender a realidade profissional das Regionais da APM, buscando pontos em comum de reivindicação e unificação dos médicos.

“Temos, nos últimos anos, observado a situação do interior, atendendo solicitações de auxílio em situações de conflito ou dificuldade de negociação. Esse ano, tentamos um foco diferente, conversando com as Distritais e Regionais para termos um alinhamento de negociação em todo o estado”, afirmou Marun David Cury, diretor de Defesa Profissional da APM.

Segundo Marun Cury, uma das grandes preocupações atuais dos médicos do interior são as operadoras que comercializam planos de saúde que são baratos para a população, mas pagam muito pouco aos médicos, inclusive exigindo que sejam feitos até oito atendimentos em uma hora, inviabilizando qualquer possibilidade de atendimento de qualidade. Além disso, a verticalização corrente tem enfraquecido muito o trabalho dos profissionais da Medicina.

“O intuito dessa conversa, então, é auxiliar a vocês a pensar sobre a situação das suas regiões. Propomos que vocês façam diagnósticos de situação sobre as condições profissionais locais para que, a partir daí, possamos tomar ações concretas de valorização”, disse Marun Cury.

Na sequência, Roberto Lotfi Jr., também diretor de Defesa Profissional da APM Estadual, lembrou que em São José do Rio Preto, por exemplo, a Regional da Associação já realizou uma pesquisa com os médicos da saúde suplementar da região e agora se prepara para traçar planos de atuação em prol dos associados e dos profissionais da área.

“Precisamos fazer levantamentos por região, pois cada uma tem uma realidade diferente. As cidades em torno de São Paulo são mais interessantes de começo [para as operadoras que propõem verticalizar], mas já há uma expansão em curso pelo interior. Temos que fazer um diagnóstico rápido para agir”, completou Lotfi, colocando a estrutura da APM Estadual à disposição das Regionais.

Luciana da Cruz Noia, presidente da APM Taubaté, falou um pouco sobre a preocupação local com a entrada de operadoras que têm verticalizado, além das clínicas populares. “Essas estão chegando por aqui com força. Na área da Oftalmologia, abrem várias. Também tem outra questão: aqui há uma tendência de grandes empresas atuarem. Então, a Ford fechar foi um golpe forte, pois tinha uma massa forte de conveniados que eram funcionários dela.”

Já o presidente da APM Cruzeiro, Neil Riani Nogueira Jr., lembrou que, além das questões de valorização profissional, a sua Regional conseguiu negociar com a Secretaria de Saúde local a possibilidade de todos os médicos da cidade se vacinarem contra Covid-19. “Fomos até lá dias seguidos para negociar, através do diálogo, e mostramos que os médicos das clínicas particulares também prestam serviços a cidade”, relatou.

Também participaram do encontro David Alves de Souza Lima, 3º Diretor Distrital da APM, Othon Mercadante Becker, presidente da APM São José dos Campos, e Israel Diamante Leiderman, diretor de Defesa Profissional da APM São José dos Campos. A 3ª Diretoria Distrital é composta pelas Regionais de Campos do Jordão, Caraguatatuba, Cruzeiro, São José dos Campos e Taubaté.

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