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18/12/2020 - Violência perpetrada por parceiros íntimos é analisada pelo Ministério da Saúde
Em 2018, o Brasil registrou 78.393 casos de violência perpetrados por parceiros íntimos da vítima. As mulheres representaram 91,5% do total de notificações e os episódios concentram-se nas faixas etárias de 20 a 49 anos. Os números foram publicados pelo Ministério da Saúde, em boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde.
Segundo a análise, esse tipo de violência é um importante problema de saúde pública e diz respeito a um conjunto de comportamentos de violência física, sexual, psicológica ou perseguição. O documento também define como parceiro íntimo um atual ou ex-cônjuge, namorado(a), parceiro sexual ou outra pessoa com quem a vítima mantenha ou tenha mantido relacionamento pessoal próximo.
O boletim estima que um terço das mulheres do mundo tenham sofrido violência física ou sexual por um parceiro íntimo ou violência sexual por não parceiro. Além disso, diz que cerca de 30% das mulheres que estiveram em um relacionamento sofreram alguma violência física ou sexual pelo parceiro e que 38% dos homicídios de mulheres são perpetrados pelo parceiro íntimo.
Entre os casos relatados em 2018, verificou-se que ocorreram predominantemente contra pessoas de raça/cor negra (52%), residentes na zona urbana (88,6%) e casados ou em união consensual (49,5%). O local mais frequente de ocorrência foi a residência das pessoas (79,2%), seguido de via pública (9,8%).
“Ao se analisar as naturezas das violências notificadas e meios de agressão, verificou-se em ambos os sexos o predomínio de violências físicas, por meio de força física, presentes em 84,8% e 74,6% das notificações, respectivamente”, diz o boletim epidemiológico.
Apesar disso, alerta o Ministério da Saúde, mulheres apresentaram maiores proporções de notificações com registro de violência psicológica e violência sexual pelo parceiro íntimo, enquanto homens apresentaram maiores proporções de agressões físicas e negligências. Os casos de violência também se repetem em 58,2% das vezes entre as mulheres.