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16/02/2021 - Webinar do CQH debate mitos e verdades dos projetos hospitalares

Na última quinta-feira (11), o Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) realizou mais um webinar, desta vez sobre Mitos e Verdades dos Projetos Hospitalares, com palestra da arquiteta Paula Fiorentini.

“Trabalho em arquitetura hospitalar desde os meus 14 anos, e no ano que vem faço 30 anos nesta área. O requisito principal hoje nos projetos de hospitais se chama viabilidade econômica, seja em hospital público ou privado. O arquiteto é o primeiro grande sócio dessa empresa e cabe a nós o sucesso ou fracasso”, introduziu a palestrante.

Ela também reforçou que o principal objetivo dos hospitais deve ser salvar vidas e fez algumas ressalvas quanto a projetos com o objetivo de ostentar ou a serviços de hotelaria hospitalar desnecessários.

Paula ainda explicou que o grande diferencial do momento é a assistência à beira do leito, forma rápida e eficiente para pacientes que passam por complicações clínicas durante o tratamento, utilizando verificações e conferências de medicações por código de barras.

Sobre a formação de projetistas de hospitais e o que é necessário para um bom projeto hospitalar, a palestrante ressaltou que o segredo é dominar gestão, engenharia e manutenção hospitalar.

Para a arquiteta, paixão, viabilidade econômica, flexibilidade, racionalização, segurança patrimonial, biossegurança, humanização e acolhimento são os principais pilares para que o projeto hospitalar seja bem-sucedido.

Mitos e verdades

Cantos arredondados são realmente eficientes?

Na teoria, garantem maior facilidade na limpeza, impedindo o acúmulo de poeira. Porém, para Paula Fiorentini, é algo ultrapassado.

Aprovação da vigilância sanitária é garantia de qualidade?

“Acredito que seja algo desmedido, pois vejo muitas pessoas vendendo cursos de aprovação na vigilância sanitária como se fosse garantia para um arquiteto iniciante começar determinado projeto”, detalha.

É essencial autoclave de barreira com porta dupla?

“Ajuda muito a evitar eventuais erros humanos, pois muitas vezes o que é praticado no hospital não tem justificativa biológica, e sim para um eventual erro humano.”

Salas cirúrgicas com pressão negativa durante a pandemia são necessárias?

“Durante a pandemia, muitos hospitais estão utilizando antecâmara tipo bolha, possuindo o mesmo tipo de pressão, e pacientes infectados e imunodeprimidos podem ser atendidos sem nenhum problema”, conclui a palestrante.

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