REGIONAIS
11/08/2020 - XXVIII Jornada de Cirurgia e Gastroenterologia de Franca recebe importantes nomes da especialidade
Na última sexta-feira, 7 de agosto, aconteceu a XXVIII Jornada de Cirurgia e Gastroenterologia de Franca. O evento – organizado pelo Centro Médico de Franca, Regional da Associação Paulista de Medicina – é conhecido por ser um grande sucesso na área e sempre trazer temas relevantes para os participantes, contou com a presença de renomados especialistas.
José Luiz Gomes do Amaral, presidente da APM Estadual, abriu o evento parabenizando os idealizadores por mais uma edição e demonstrou a sua satisfação por participar da Jornada. “As circunstâncias nos exigem fazer algumas modificações para que possamos estar cada um em suas casas, em segurança, acompanhando o evento com um número expressivo de palestrantes. Eu cumprimento os participantes e desejo um grande sucesso neste congresso, tão relevante no aprimoramento e no desenvolvimento profissional dos médicos ao redor do Brasil.”
O primeiro módulo, moderado por José Eduardo Paciência Rodrigues, um dos organizadores do evento, tratou sobre a “Doença do Refluxo Gastroesofágico” e foi dividido entre três apresentações. De acordo com José Eduardo, que é diretor de Comunicações da APM Estadual, organizar o evento on-line foi uma maneira de encontrar esperanças para que, em breve, todos os colegas possam se reunir de forma presencial novamente.
A primeira apresentação do dia ficou por conta de Décio Chinzon, falando sobre “Tratamento clínico da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)”. O palestrante explicou que a doença se classifica por ser crônica, recorrente e variada nos sintomas. Além disso, o médico ressaltou que estão sendo desenvolvidas novas técnicas diagnósticas para esta condição.
“Em toda patologia temos fatores que agridem e fatores que defendem, mas hoje, na doença do refluxo, a gente sabe que é muito mais que isso, existem outros elementos de sensibilidade, como o tipo de exposição ao refluxo e a qualidade na resistência epitelial. É importante salientar que o refluxo é algo normal, ele passa a ser doença quando o equilíbrio do refluxo que está ocorrendo e a resistência epitelial deixa de ocorrer, é o momento que o paciente começa a apresentar sintomas e lesões. Isso acontece quando os mecanismos do refluxo não protegem mais o indivíduo”, definiu Chinzon.
Durante a apresentação, o médico descreveu como funciona o pH no sistema digestivo e como este processo acontece durante uma má digestão. O especialista apresentou, também, alguns dos principais desafios da área, mostrou como é possível realizar o diagnóstico de tantos casos distintos – visto que um paciente tratado de maneira inadequada pode não encontrar nunca uma solução – e evidenciou quais caminhos a Medicina e a ciência vêm proporcionando para amplificar os tratamentos.
Em seguida, esteve presente José Eduardo Brunaldi, ministrando a palestra sobre “Aplicabilidade da Endoscopia na DRGE”. O objetivo de sua apresentação foi descrever de que forma a endoscopia pode ser eficaz para confirmar o
diagnóstico clínico nos variados casos de pacientes acometidos pelo refluxo e de que maneira ela ajuda a analisar esta situação. O especialista indicou em quais casos o procedimento é recomendado em pós-operatórios, de que forma ele pode contribuir com biópsias e analisou fotos de diferentes casos clínicos.
“A endoscopia serve para confirmar o diagnóstico e realizar o controle dos casos após tratamento. Para falar da endoscopia, temos que lembrar da classificação de Los Angeles, dividida em quatro graus, dependendo do tamanho das lesões. Ela confirma o diagnóstico da doença de refluxo na esofagite erosiva de alto grau em casos mais leves”, descreveu Brunaldi.
A apresentação do tema “Tratamento cirúrgico da DRGE” ficou por conta do médico Ivan Cecconello. Sua palestra evidenciou quando há a necessidade de intervenção cirúrgica para corrigir os problemas de refluxo e os objetivos alcançados com a operação. “Através da cirurgia, podemos ter maior controle dos sintomas, além de poder controlar o processo inflamatório. No entanto, existem alguns problemas recorrentes, como a frequente recidiva dos sintomas, progressão de lesões graves e falha terapêutica no tratamento medicamentoso.”
Cecconello explicou que, em algumas situações, a cirurgia é indicada para controlar o uso de medicamentos – que tende a aumentar conforme o nível da doença e passam a enfrentar maior dificuldade no controle dos refluxos. O médico esclareceu, ainda, que há casos específicos que se encaixam em uma contra indicação à cirurgia, como pacientes com esofagite eosinofílica, jovens do sexo masculino e doentes reumatológicos, além de apresentar alternativas de tratamento com procedimentos menos invasivos.
Outras apresentações
A programação seguiu durante todo o dia. O segundo módulo foi moderado por Lucas Pugliesi Smirne Goi e trouxe como palestrantes: Eduardo Crema, falando sobre “Lesão iatrogênica das Vias Biliares”; José Sebastião dos Santos, apresentando “Coledocolitíase: qual a melhor conduta?”; e José Francisco Farah, trazendo o tema “Pancreatite aguda: o que mudou?”.
Marco Aurélio Dainezi foi o responsável por moderar o terceiro módulo. As apresentações e temas ficaram, respectivamente, por conta de: Gilmara Pandolfo Zabot, “Diagnóstico e seguimento da DII”; Rogério Saad Hossne, “Biológicos na DII - como fazer a melhor escolha?”; e Paulo Gustavo Kotze, “Achado de Doença de CROHN em suspeita de Apendicite - o que fazer?”.
O quarto e último módulo ficou por conte de Lavínio Nilton Camarim. Ele contou com a presença e a apresentação dos seguintes profissionais: Mario Kehdi Carra, detalhando o “IMC ou comorbidades: qual o mais importante na indicação cirúrgica?”; Almino Cardoso Ramos, descrevendo a “Seleção de pacientes e a técnica: BYPASS ou Gastrectomia Vertical?”; Marco Aurélio Santo, com o tema “A técnica de SLEEVE Gástrico”; e Vitor Ottoboni Brunaldi, que apresentou a palestra “A Endoscopia no tratamento das complicações Pós Bariátrica”.
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