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16/02/2021 - Zika Vírus: Brasil teve 3,5 mil casos confirmados de síndrome congênita em 5 anos

Entre 2015 e 2020, o Brasil teve 3.577 casos confirmados de síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ). No mesmo período, foram 19.622 casos suspeitos. A informação foi publicada no mais recente Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão do Ministério da Saúde.

Considerando apenas 2020, foram 1.007 novas notificações: 35 (3,5%) foram confirmadas e 597 (59,3%) permanecem em investigação. Neste universo, 83,9% dos afetados eram recém-nascidos e 13% eram crianças com mais de 28 dias de idade. O restante dos casos ocorreu em natimortos, fetos e em abortos espontâneos.

A Secretaria lembra que a ocorrência de nascidos vivos com SCZ se deu, majoritariamente, entre 2015 e 2016, com maior concentração de casos na região Nordeste (88,1% em 2015; e 49,8% em 2016), seguida da Sudeste (7,9%; 28,6%). Focando em 2020, Minas Gerais foi o estado com o maior número de casos de nascidos vivos com SCZ (12).

Em relação aos óbitos, entre nascidos vivos e natimortos, o ano de 2016 foi o mais significativo na região Nordeste, com 60,8% do total de episódios. Em 2020, foram registrados 28 óbitos de crianças confirmadas com SCZ, a maior parte residente no Nordeste (16), mais especificamente na Paraíba (5) e em Pernambuco (4).

Recomendações
No boletim, o Ministério da Saúde indica aos demais órgãos de Saúde que mantenham ativa a notificação dos casos suspeitos de SCZ e que concluam os que ainda estão em investigação. Também recomenda que sejam fortalecidas a capacidade dos sistemas de vigilância epidemiológica e as ações integradas das equipes de vigilância e atenção à saúde.

Outras medidas mencionadas são: conhecer e utilizar as evidências já encontradas pelas pesquisas desenvolvidas; manter o acompanhamento do cuidado das crianças suspeitas e confirmadas por SCZ; e, entre outras, manter as agendas intersetoriais, especialmente com a assistência social, para acompanhamento das ações em desenvolvimento.